Páginas

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Obrigada, 2011! Seja bem-vindo 2012!



É chegado o momento de fazer reflexões de mais um ano que passou e calcular o saldo positivo que me acompanhará nas entradas de 2012. É de conhecimento de todos que desfrutamos de uma vida sem muitas facilidades, em que nada nos é ofertado sem grandes esforços demandados. No entanto, hoje, me mostro agradecida pelos obstáculos enfrentados no ano de 2011. Mesmo não tendo alcançado ainda o emprego que tanto almejo, tive grandes vitórias em outros níveis que não o de sucesso profissional.
Ensaiei grandes passos no progresso moral e sentimental. Passei por dificuldades que puseram em prova minhas verdadeiras virtudes e pude experimentar a prática do perdão, ou pelo menos, ainda trabalho para tentar alcançar sua verdadeira plenitude.
Respondi ao chamado que há muito suplicava em meu coração e me aproximei da prática religiosa que tanto me fazia falta. Hoje, me encontro não ainda em equilíbrio das minhas emoções, mas num estado de controle e constante vigilância para não me deixar cair em pensamentos negativos.
Aprendi a me respeitar, deixar as lamúrias de lado e dar espaço a estima de meu próprio ser. Reconhecer as dificuldades e confiar em mim mesma a capacidade para superá-las. Mais do que tudo, agradeço a oportunidade de lutar pelo que quero e não obter facilidades. Se assim o fosse, não aprenderia o valor que cada conquista nos proporciona.
Deixei de lado qualquer pensamento de insegurança de minhas forças cognitivas e estou aprendendo a desenvolver a paciência advinda do aprendizado. Não procuro mais motivações no espírito competitivo porque as conquistas devem vir do nosso próprio esforço em melhorar e não em mostrar-nos melhores que os outros. Todos merecem sua oportunidade e não são os outros que roubam aquelas que estão reservadas para mim, mas sim eu mesma juntamente com os obstáculos impostos pela minha mente insegura e enfraquecida.
Agradeço a família e os entes queridos com quem compartilho tantas afinidades e verdadeira amizade. Suas presenças são cruciais para o meu crescimento e fortalecimento. São com eles que tenho oportunidade de exercer o amor fraterno e praticar o bem e, com quem posso desfrutar de compaixão e companheirismo. Agradeço o amor com que sou tratada e o lar em que me encontro, que hoje, contempla momentos de paz e harmonia.
Agradeço por essa época natalina ter aflorado meus melhores sentimentos para com o próximo e peço permanecer nessa sintonia, por todos os dias que virão.

Faço, por fim, um único pedido para 2012: paciência. Essa virtude que agrega tantas outras, como a humildade e benevolência.

Feliz 2012 para todos!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Minha lourdinas, minha infância


Fecho os meus olhos e me vejo lá, com meu tênis branco e a meia também. A fardinha azul marinho e branca completa o visual. Hoje consegui fazer meu próprio penteado quando amarrei o cabelo todo para o lado com a minha xuxinha de crochê azul. Nas costas a minha mochila/mala rosa e na mão minha lancheira laranja com meu lanchinho "gostoso".
Oba, cheguei cedo! Coloquei minha bolsa na fila do pátio. Fui a segunda da minha turma a chegar.
Enquanto a aula não começa, fico olhando meu álbum de adesivos e colando mais alguns da cartela do Piu-piu que acabei de comprar. Me perco no tempo e quando vejo minha tia já chegou e já é hora de ir para sala. Na fila indiana seguimos em direção à sala. Por entre os azulejos verdes dos corredores, vou escorregando minha mão, fazendo barulho e pisando nos quadradinhos em fila, senão a tia reclama que estamos andando fora da fila.
Na sala as carteiras super pesadas, de madeira marrom escura, estão posicionadas, então corro em direção ao meu lugar de sempre, claro, com cuidado para não prender o meu joelho no assento que levantava. Hoje é dia de recebemos a agenda com nossa foto que vamos dar de presente às nossas mães. As meninas pediram para eu escrever uma dedicatória porque acham minha letra mais bonita, mas eu acho isso uma besteira. Não vejo a hora de tocar para o recreio. Será que Janaína hoje trouxe pippos de milho? Na minha lancheira estão 5 biscoitos brazinhas e o suco de maracujá. Não vou comer o meu lanche, Janaína hoje não trouxe pippos mas vai comprar uma pizza da cantina e eu vou comer um pedaço dela. Queria que meus pais me dessem dinheiro para eu gastar na cantina. Um pastel de vento e uma coca. Humm, delícia!
A gente hoje foi lanchar lá nas mangueiras, nos bancos NLS. Carol brigou com as meninas do vôlei e foi pedir para lanchar com a gente. Tem umas meninas falando com o menino do muro. Não sei o que viram de bonito nele. Estão só se "amostrando"!
Mal deu tempo de lancharmos e brincarmos, a música do fim do recreio começou a tocar e saímos gritando desesperadas para chegar na fila. "Jogue o lixo no lixo, não jogue nada no chão, vamos deixar essa escola, brilhando com esta canção". Iuvanda está ao microfone dizendo "Acabou o recreio, vamos para fila. Acabou! Sem empurrar!". Então irmã Angelina pega o microfone e tenta nos acalmar cantando "Deus é bom para mim. Deus é bom para mim. Contente estou, caminhando eu vou. Deus é bom para mim. La la la lala. La lala la la. (depois em silêncio, fazendo só os gestos)"
Agora sim, estamos prontas para voltar às salas. O braço esticado segurando no ombro da colega, para não ficarmos umas em cima das outras. Mas eu vi minha colega chegando atrasada e furando fila. Ela sempre faz isso.
Voltamos para sala e assistimos mais algumas aulas. Meu caderno de capa dura pequeno recebeu elogios da tia. Mais tarde, toca a música indicando o fim da aula.
Corro em direção ao cantinho da grade que dá para ver o portão. São 17h e hoje espero que mainha chegue cedo para me buscar. Não vou nem brincar com as meninas, porque ela pode chegar e não me encontrar. Mesmo Iuvanda estando no som anunciando os pais que chegaram para buscar seus filhos, tenho medo de não escutar chamando o meu nome. É melhor ficar aqui na grade esperando. "Tchau, Marina". Queria ir cedo como ela. Na verdade, o pessoal do ônibus do colégio sempre sai antes de todo mundo.
No entanto, o céu começa a escurecer. Deu 18h e fecharam o portão de trás. Droga! Vou ter que ir para o portão da frente porque mainha ainda não chegou. O porteiro Psiti está lá sentado, não deixando que a gente ultrapasse o portão. "Será que aconteceu alguma coisa com os meus pais?"
Graças a Deus, não. Vejo o carro chegando e saio correndo. Já estou atrasada para natação. Minha bolsa já está pronta no carro e ali mesmo coloco o maiô. Só vou chegar em casa lá para as 21h. Vou deixar para fazer minhas tarefas quando acordar amanhã, mas só depois de assistir Fada Bela no programa Caça Talentos.
Quando o dia finalmente chega ao fim, me deito na cama e penso o que tem para fazer amanhã. Acho que vou levar minha pasta de papel de carta para trocar com as meninas. Boa noite e até amanhã!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Intolerância gera intolerância


Não tenho o costume de ler as matérias da Época mas, por ventura, me deparei com duas de uma mesma jornalista e escritora que detém uma coluna fixa na revista. Uma até já comentei aqui, se tratava da visão de fracasso que os jovens atualmente têm quando não encontram a felicidade. Agora, a última que eu li, falava da relação entre os evangélicos e os ateus. A jornalista relata um episódio de um diálogo entre uma jornalista ateia e um taxista evangélico. No desprender da conversa, o taxista tentava convencê-la a ir à igreja.
Parte desse pressuposto a exposição da jornalista em mostrar um país cada vez mais evangélico, em que, segundo sua opinião, prega-se a intolerância aos que não acreditam em Deus ou numa religião. Diante de uma leitura extremamente opinativa e pouco embasada em fatos concretos, foram dispostas críticas ao pagamento do dízimo, à abertura de novas igrejas com os mais diversos nomes, às tentativas de converter novos praticantes, enfim, uma série de fatores que em nenhum aspecto mostra o lado positivo que poderia existir. Me pareceu ser uma leitura tão intolerante quanto a que ela pregou em relação aos ateus. Apesar de não concordar com certas atitudes, respeito a visão que cada um tem, desde que saibam pregá-las para o bem e não por conveniência ou por segundas intenções. As pessoas pecam em suas liberdades de escolha e opiniões, por quase sempre levar em consideração um lado apenas, aquele que lhe parece ser mais conveniente e terminam por obter uma leitura mesquinha ou incompleta dos fatos. Confesso ter proferido muitas críticas aos evangélicos e outros por até então desconhecer a esfera que eles viviam, mas ao visitá-los, em seu próprio ambiente, sem discursos tentando converter novos integrantes e demagogia, pude enxergar o que os prende de verdade à igreja: o amor. Quantas pessoas ali não estão apenas em busca de um conforto próprio ou vai apenas por conveniência, mas seria injusto resumir todos nesse contexto quando tive oportunidade de conhecer projetos de educação, ajuda aos necessitados, doentes, entre tantos outros projetos de verdadeira caridade. Além do trabalho de conscientizar as pessoas a terem atitudes mais saudáveis, coerentes com um estilo de vida agradável, voltadas para o bem e não para fazer o mal para si mesmo e para os outros. Como posso ignorar o fato de centenas, milhares de pessoas que são realmente ajudadas todos os dias e que diminuem o mal propagado nas ruas, ao qual todos estamos sujeitos? Certamente, quando uma jornalista critica uma atitude de um taxista tentando levar uma ateia para a igreja, não verificou que pode ser uma pessoa sem instrução que foi orientada para aquilo, ou que nas melhores das suas intenções estava tentando ajudá-la da forma que ele conhecia. Certamente, ela também não verificou que a presença de igrejas em cada esquina, podem ser responsáveis por diminuir a criminalidade, tirar jovens de ambientes insalubres para ambientes de paz e onde se prega o amor. Todos nós temos a liberdade de escolher em que acreditar, mas a intolerância não deve existir em nenhum aspecto e todos estão sujeitos a passar por experiências novas e mudar sua opinião, então não sejamos tão cabeça dura para certas coisas. Abrir o coração pode trazer novas sensações e oportunidades de melhorar o que nós temos de ruim.

domingo, 6 de novembro de 2011

Novas vivências/25 anos



Quantas coisas podemos descobrir quando abrimos o nosso coração para novas experiências! Fiquei feliz em ter encontrado no local mais improvável, pelo menos para minha opinião preconceituosa, palavras tão reconfortantes e reveladoras. Me senti à vontade num ambiente que eu não esperava.
Quando a gente mantém o coração aberto para as oportunidades, pode encontrar as palavras que precisavam ser ditas pelas mais diversas formas e pelas mais diversas pessoas. Algo que se eu me mantivesse em minha postura opositora não teria conseguido enxergar da mesma maneira satisfatória.
A gente percebe que as coisas importantes são ditas o tempo todo, só não damos a devida atenção, ou não percebemos suas singelas nuanças. E quando temos a necessidade de ouvir, mesmo sem identificá-las, elas terminam chegando aos nossos ouvidos, porque Deus consegue perceber nossas fraquezas antes mesmo de nós percebemos.

Aproveito a oportunidade para me mostrar agradecida por mais um ano de vida e pelo amadurecimento que tenho adquirido com o passar dos anos. Apesar de não ter conquistado muito dos meus planos, me sinto realizada em alguns aspectos de engradecimento e maturidade. Agradeço as experiências de aprendizado através do convívio com a família e os amigos. Descubro a cada dia novas formas de amar e me relacionar com as pessoas. Me torno mais seleta com aquilo que me faz bem e me afasto do que me faz mal. Não me sinto mais tão desconfortável em expressar minhas opiniões e impor minhas convicções.
Interessante como com o passar dos anos você termina encontrando seu espacinho no mundo e no coração das pessoas.
Obrigada pelos meus 25 anos! E que venham mais anos de aprendizado!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Meu infinito particular

Quanto mais divago e me perco em meio aos sentimentos e pesares, menos sei se estou progredindo ou regredindo no intuito de manter a minha mente sã. Um defeito daqueles que pouco falam e muito observam é quase sempre se distraírem da realidade momentânea e se perdem em meio a sua realidade interna. Não sei, agora, se meus momentos de reflexão tem me trazido benefícios ou se estou me deixando levar por pensamentos que me desvirtuam do caminho da lógica.
Muito divago ou me faço entender no raciocínio?
(Às vezes tenho a impressão de não serem pensamentos meus, mas algo a mim imposto)

Se as pessoas que me vêem soubessem o que se passa na minha mente em funcionamento, entenderiam porque por tantas vezes fico calada ou demoro a responder perguntas. Se soubessem como funciona o meu processo de formação e assimilação das ideias, talvez compreenderiam que o silêncio quase nunca significa a ausência de argumentos, pelo contrário, não passa de um acúmulo de ideias e pensamentos pouco sintetizados. Agora consigo entender minha deficiência em sintetizar qualquer assunto, ou minha dificuldade em expressar pela fala boa parte do que se passa em minha mente. A fala é quase sempre resumida e nunca acompanha a velocidade do pensamento.
Me considero aliviada por não haver limitações quando escrevo aqui. Quase sempre consigo externar uma boa parte das minhas reflexões.

Muito escrevi e pouco expliquei. O estímulo do post era externar algumas aflições que hoje me atormentam, mas que necessitavam de uma prévia contextualização sobre o "meu infinito particular". Não sei se me fiz entender, mas pouco me importa. Ao menos, para mim, tenho um relato daquilo que, momentaneamente, em minha mente permanecia.
Hoje me aflijo por, inúmeras vezes, me pegar julgando em pensamento, tanto atitudes como pessoas. Consigo enxergar tão claramente defeitos alheios e acabo sofrendo por eles, me deixando afetar por atitudes que julgo incoerentes. Visualizo cada etapa da forma que eu acredito ser a certa e me atormento por esperar que as pessoas ajam exatamente da forma como arquitetei internamente. Ora, quem sou eu para enxergar tantos defeitos nos outros e ser incapaz de enumerar os meus? Aí vem a segunda parte das minhas aflições: sou advogada de acusação dos meus próprios pensamentos condenatórios. Quanto disso me policia e faz de mim uma pessoa mais humilde e menos discriminatória, ou me torna alguém que muito se policia e pouco exige seus direitos? Não só não consigo responder a isso, quanto caio na minha terceira aflição: quando termina o meu direito e começa o do meu semelhante? Por vezes me abstenho de brigar por meus direitos ou em defesa daquilo que acredito ser o certo, por não conseguir distinguir quanto estou certa e até onde vai o meu direito; o que de fato me pertence.
São tantos questionamentos e poucas respostas que prefiro me manter no silêncio das minhas inquietudes a externá-las a terceiros e acabar não encontrando muita coerência nelas.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

The pursuit of happyness

Minha inspiração dessa postagem partiu de uma leitura do texto de uma colunista da Revista Época, em que a autora dissertava acerca da nossa geração de jovens e a busca pela felicidade. Na verdade, o texto discorre sobre os equívocos cometidos pela juventude ao pensar que a felicidade é um direito e a frustração é um fracasso. Muitos crescem com a ideia de que a vida é fácil e conseguir a felicidade não necessita de muitos esforços. Ao se deparar com uma frustração, desistem da busca, por não estarem preparados a continuar adiante e aprender com os erros e as dores.
De fato, muitos foram criados como modelos e aspirações de realização, almejados pelos pais para que não cometessem os mesmos erros destes e tivessem a oportunidade de obter uma vida melhor do que a que eles tiveram. Essas aspirações acabam por privá-los do aprendizado pelas frustrações e pelas dores. Mas quem sempre teve tudo na mão e não precisou se esforçar para conseguir algo, não sabe mensurar o valor que existe nas coisas.
A autora elencava fatores que caracterizavam os jovens, mas acredito que o contexto não se resume apenas a estes. A busca pela felicidade é uma característica inerente aos seres humanos, o que diferencia é que os jovens estão dando seus primeiros passos nas frustrações que a vida adulta acarreta, enquanto que os mais velhos já passaram por mais experiências. O fato de desistir ao se deparar com os primeiros obstáculos não é uma característica unicamente dos jovens despreparados, mas dos que se deixam abater diante das dificuldade: os fracos.
Mas o significado da felicidade para os que acham que a tem por direito se difere do conceito de felicidade para os que a encontram por merecimento. Ninguém tem uma definição correta para a felicidade porque ela varia de acordo com as necessidades de cada um. Mas uma coisa é certa, ela não bate na sua porta ao mero acaso. A chave para encontrá-la se encontra em duas palavras: amor e dor.
Ninguém consegue ser feliz sozinho e de nada adianta ter conquistas se não há como compartilhá-las ou dividi-las. Aqueles que amam, estão mais próximos de encontrar a felicidade que tanto buscam.
E a dor é essencial para o nosso aprendizado. Aqueles que se privam de senti-la, vive uma vida de ilusões e permanecem cegos na ignorância ao se negarem a aprenderem com o sofrimento e com os erros. Só quem passa pelo pior tem a capacidade de definir o que a felicidade, porque reconhece que ela pode estar nas coisas mais banais e que ela é mais simples do que complexa.


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Há 20 anos



Em 1991 eu iniciava minha busca por conhecimentos. Era o primeiro ano, dos catorze que eu passaria estudando no mesmo colégio (Lourdinas). Aliás, 20 anos ininterruptos de estudos já se passam. Vejam só que bonitinha a surpresa, de ter encontrado minhas tarefinhas da época guardadas pela minha mãe. O Jardim I e II ( 1991 - 1992) retratados por pinturas e pelas primeiras noções de escrita e contagem.
Como é interessante o método utilizado para iniciar, ao mesmo tempo, incentivar aquilo que para o resto da vida você vai buscar: o conhecimento.
E como eu pintava direitinho! Tive que fazer uma atividade de reforço de coordenação motora, mas ao que tudo indica, surtiu efeito pois passei a pintar os desenhos das minhas coleguinhas também.
É bem verdade que 20 anos atrás o "u" e o "n" tocavam terror. Não sabia fazer nenhum dos dois, mas por sorte o papel utilizado era de material grosso e eu não cheguei a rasgá-lo com tanto choro derramado e borracha usada para apagar os erros enquanto eu não acertava fazer.
O mais interessante foi descobrir que eu sempre desenhava nos "desenhos livres" uma casa com o número 13. Não consigo me lembrar se era o número da casa onde morávamos. E vale salientar que eu só fui aprender a contar até o 13 posteriormente.
Na tarefinha da letra "i", havia um desenho de um isqueiro, acho que devo ter me interessado bastante, pois passei a desenhá-lo nos meus "desenhos livres". Convenhamos, algo estranho para interessar uma criança de 4 para 5 anos. Acho que por isso passei a tirar "Bom" como nota, ao invés de "Ótimo" e "Excelente".
Outra coisa engraçada era que minha "tia" do Jardim II fazia o "a" com duas perninhas, uma na frente e outra atrás, mas eu ignorava a perninha da frente e só cobria a perninha de trás, assim como nas cópias nunca fazia com duas pernas.
Gostaria tanto de ter em minha memória mais momentos dessa época, mas pouco me lembro. Os fatos que marcaram esses 2 anos, foram:
- Um aniversário comemorado com bolo e lancheirinha;
- O quartinho escuro que passava filmes, mas que eu costumava dormir por lá. Me lembro de ter uma cama lá, mas não confirmo essa lembrança;
-Tio Marcelo que era o professor de educação física;
-Irmã Genoveva (mas que poderia ser muito bem caracterizada pela palavra: generosidade. Com certeza todos que passaram por ela tem a mesma opinião);
-A casa da bruxa, que era uma casa que dava para o muro do colégio e tinha umas flores cobrindo;
-A sala que a gente esperava os pais nos buscarem. Me lembro de uma menina que vomitou; e, o mais marcante de tudo
-A menina que caiu em cima da latinha que continha os lápis de cor apontados. Me lembro como se fosse hoje da poça de sangue que ficou na sala, por ela ter tido 3 lápis enfiados no queixo. Coisa mais traumatizante.

Me deu até uma saudade dessa época, das minhas "tias", das salinhas de aula e dos corredores com ursinhos pintados. Eu era feliz e não sabia. Tinha o mundo pela frente e nem me preocupava em saber como seria. Por que o tempo passa tão rápido?!

sábado, 10 de setembro de 2011

"A quem muito foi dado, muito será pedido"

Essa frase de Cristo me chamou atenção essa semana.
Me admira a sensatez com que foi dita e como se encaixa em diferentes contextos da nossa vida. No entanto, só recebemos e nada fazemos. Jesus em sua imensa sabedoria não se utilizou desse ensinamento apenas para falar dos ricos em bens materiais, mas também dos ricos em conhecimento.
Nós crescemos, aprendemos a diferença entre o certo e errado e, supostamente, adquirimos mais maturidade. Estudamos, nos formamos, nos especializamos, mas o que compartilhamos? Temos oportunidade de ouvirmos os melhores conselhos, as melhores aulas, os melhores sermões e como fazemos uso desses benefícios? A resposta é: para nosso próprio favorecimento. Propositalmente redijo este texto na 1ª pessoa do plural, porque me incluo nessas pessoas. Quantas vezes não reclamei da ignorância de uns, ao invés de ensiná-los! Quantas vezes reclamei de quem dá o dinheiro no sinal, mas ao menos aquelas pessoas estavam fazendo alguma coisa e no entanto, o que eu fiz, já que não concordo com aquele ato?! É certo que ainda não me descobri profissionalmente, nem tenho certeza que habilidades possuo, mas há algo em que eu seja boa e serei por isto cobrada. Toda noite em minhas preces peço por algo, seja pela proteção da minha família, seja para que o dia que virá seja produtivo e proveitoso, para que nenhum mal me acometa e, se ainda estou aqui é porque estou sendo atendida. Tantas graças concedidas e pouco faço para retribuí-las.
Ainda existem aqueles que têm oportunidades de ouvir a palavra de Deus, mas só as escutam e não praticam. Mas não só no contexto religioso. Quantos existem que são agraciados com conhecimento e preferem se manter na ignorância. Quando nos questionamos e utilizamos essa magnífica ferramenta que só os seres humanos possuem "o raciocínio", percebemos que o caminho certo não é difícil, nós dificultamos. Temos todas as ferramentas nas mãos e não sabemos aproveitá-las.

Você tem sua casa, saúde, alimentação e ainda sobra tempo para o divertimento. Com o tanto que se tem, muito já está sendo cobrado, mas o que você realmente está fazendo?

domingo, 4 de setembro de 2011

Atualizações

E volta e meia o assunto "concurso" volta à pauta.
Quanto ao Banco do Brasil e à Caixa, continuo esperando a convocação que, ao que tudo indica, virá no Banco do Brasil, já que o cadastro está diminuindo e tem-se 58% dos aprovados convocados.
Para não tornar a espera vazia e enfadonha, voltei a estudar para o concurso do INSS cujo edital está previsto para sair até o fim do mês. Me matriculei num cursinho novamente e recuperei minha rotina de estudos (ou pelo menos estou tentando). Além do quê, procurei outras ocupações, como voltar ao estudo da língua francesa. Devo admitir que esta tarefa está sendo a mais difícil de todas. Passar 6 meses sem pegar no livro à espera de uma turma abrir, para dar continuidade ao aprendizado foi, sem dúvida, um grande empecilho. Aprender uma língua que não faz parte do nosso dia-a-dia e não estamos habituados a conhecê-la é muito difícil. Prometi a mim mesma ir em busca do meu vocabulário francês com filmes, livros e músicas para não passar mais vergonha nas aulas.
A outra novidade é que perdi uma proposta de emprego nesse meio tempo, fiquei triste e decepcionada, mas com o passar do tempo vi que foi o melhor que me aconteceu. Nas vésperas do edital sair, eu não teria tempo para estudar para o concurso se estivesse trabalhando mais de 8h/dia. E quem sabe esse concurso do INSS vem agora para que eu passe e, finalmente, seja chamada.
Acho que essas atividades atreladas ao momento de aceitação e segurança que estou vivendo, tem trazido ganhos à minha auto-estima, após uma longa temporada de complicações. Quando a gente supera uma má fase, enxerga que não existe problema que não haja solução e que as complicações maiores somos nós mesmos que impomos. A solução está sempre à nossa frente, só que por vezes não queremos enxergá-las.

Por fim, desejo uma semana construtiva para todos.


domingo, 28 de agosto de 2011

Enquanto isso, em algum lugar do Brasil...

Essa semana recebi um e-mail contendo um vídeo de uma festinha de adolescentes da 7ª série, em algum lugar não identificado do Brasil. O cenário era de uma festa com adolescentes de no máximo 15 anos, consumindo bebidas alcoólicas, funk tocando, meninas dançando de forma insinuosa com os meninos e, pasmem, tudo isso com a supervisão de adultos. Quando eu me refiro a dança, entenda as meninas se esfregando e simulando posições sexuais.

Quando presencio algo dessa natureza a minha primeira reação é a de não querer ter filhos. Quem gostaria de descobrir que seu filho diz que vai participar de uma festinha com os amigos, quando na verdade está consumindo drogas e iniciando sua vida sexual precocemente? No entanto pensar que não quero ter filhos para que eles não virem adolescentes inconsequentes só me exime da responsabilidade de um dia ser capaz de educar e me torna uma covarde. Dizer que os pais não sabiam e que isso depende da índole do adolescente me parece uma desculpa de quem não quer enxergar as verdadeiras responsabilidades. Ainda nem tive filhos mas sei que pai e mãe são os responsáveis pelas falhas dos filhos e sua capacidade de discernimento. É claro que a gente sabe que numa casa com quatro filhos, cada um tem sua personalidade e ainda que tendo a mesma criação, nem todos se tornam pessoas corretas. Um ou outro pode cometer mais erros. Tudo bem, eu concordo. Mas assim como aprendemos a conviver com as diferenças dos indivíduos e seu diferente grau de evolução moral, temos o dever de identificar tais diferenças e adequar os métodos corretos para educar. Ser responsável por todos os erros cometidos pelos filhos, não; ser responsável por tê-los ensinado as diferenças entre o certo e o errado e as prováveis consequências dos seus atos, sim. Ter medo de ferir os sentimentos dos filhos ou que eles passem a odiar os pais, acabam por flexibilizar a educação e o resultado são pessoas irresponsáveis e sem medidas. Quantas anomalias poderiam ser evitadas se os filhos tivessem ouvido um não, se tivessem sido castigados quando erraram ou foram desobedientes? Se não há punição por um ato inadequado, como podem eles saberem a diferença entre o certo e errado, se a impunidade existe para ambas as atitudes? Me causa indignação que esses jovens ainda tão novos, não sejam adultos ainda, porém possuam idade suficiente para já saberem que toda ação tem uma reação e que as consequências negativas de um ato impensado prejudica não só eles mesmos, mas quem os cercam. Posso pecar pela língua (no caso, pelos dedos) no futuro, mas acredito que só em ter uma consciência sobre a importância do assunto já me deixa em vantagem daqueles futuros pais que sequer pensam na educação que darão aos seus filhos. Não sei de todas as coisas de uma relação entre pai e filho porque só vivi um lado, mas sei da educação que recebi e é nela que irei me inspirar.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Um suspiro aliviado


Demorei, mas compreendi que sozinha os problemas parecem sempre mais difíceis. Levei um tempo para entender, mas não o suficiente para ser tarde demais, que as soluções aparecem quando você pede ajuda a alguém que te ama. Quando você compartilha suas aflições, medos, inseguranças, tudo se torna mais leve e as angústias parecem menores. Por que sempre subestimo as pessoas e acho que elas não serão capazes de entender e me ajudar? Me sinto envergonhada por não confiar, não acreditar que alguém pode me oferecer as soluções que sozinha não enxerguei.
O ser humano vive em sociedade há anos e ainda insiste em ser tão individualista. Não me refiro a transformar a vida num livro aberto e deixar que todos opinem e digam como se deve viver, mas sim a abrir o coração e compartilhar sentimentos sem a vergonha de se sentir vulnerável. Todos estamos suscetíveis a fraquejar, nos sentirmos desencorajados pelos problemas, mas quer saber? Não há problema nenhum em se sentir assim.
Enquanto a gente só vê nuvens pesadas sobre nossas cabeças, alguém de fora enxerga a luz que se aproxima por trás das nuvens densas; enxerga a saída que nos afasta da turbulência.

E por fim o alívio de não sentir que tenho que enfrentar meus medos sozinha. Lá na frente posso fraquejar, mas já saberei com quem contar.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Para aqueles que sabem do que estou falando


Não há palavras a serem ditas, nem conforto que chegue sem ser no tempo certo. Nós somos impacientes, mas o que é o tempo que a gente espera comparado à eternidade? Nosso sofrimento só leva o tempo das feridas cicatrizarem e quem sabe no fim teremos sorte de só ter a lembrança que um dia caímos, mas soubemos nos recuperar. Hoje nem vejo mais as cicatrizes que tinha das minhas quedas na infância, nem marcas de catapora tenho mais. Peço e acredito um dia não enxergar as da minha alma e do meu coração. Essas feridas que ainda estão abertas, mas um dia hão de se curar.

Se não acreditar nisso, de que vale ter fé? De que valeu o amor que a gente sentiu e o bem que desejou? Ninguém nunca negou que amar é fácil. Amar no seu sentido completo é para poucos, porque da complexidade os simplistas fogem e não há nada mais complexo que o amor verdadeiro. Porque a gente nem sempre entende o que ele nos reserva, nem sempre compreende o bem querer mesmo quando o mal insiste em prevalecer e quase sempre fecha os olhos para os erros e perdoa. Perdoa porque estar perto é melhor do que longe, porque se houveram erros é porque precisávamos aprender, para crescer e evoluir moralmente e, principalmente, porque todos merecem uma segunda chance para mostrar que aprenderam com os erros cometidos e dessa vez podem mostrar seus acertos.

Antes errantes conscientes que perfeitos iludíveis.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Inconstâncias

Eu bem que tento falar de coisas boas, mas...
Sabe quando você vê um rosto conhecido e não reconhece mais aquela pessoa? E não digo no sentido literal, mas sim você não reconhecer mais como a pessoa que você um dia conheceu.
Não sei se devo ter mais paciência com pessoas que insistem em permanecer nos erros. Que volta e meia reconhece que agiu errado, mas quando se menos espera, volta a errar do mesmo jeito e nas mesmas coisas. Por que eu devo aturar as constantes inconstâncias? Muda de comportamento de acordo com as novas "amizades", novos namoros, novos lugares frequentados. Resulta tudo em novo caráter, novos valores, novo comportamento. Qual a essência desse ser? Será que o pacote de valores que um dia eu conheci são verdadeiros ou não passou de uma ausência de personalidade vivida naquele momento?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Tudo no seu tempo



A gente vive sonhando e planejando os caminhos que devemos seguir para conquistar cada sonho. Sonha, planeja, se esforça e concretiza...mas foi no tempo certo? Por que muitas vezes conseguimos o que queríamos e não nos sentimos plenamente satisfeitos? A gente se encaixa e aceita do jeito que veio, ou antes do tempo ou depois do tempo que planejamos, mas por que não temos a sensação de realização caso não aconteça na hora que queríamos? Às vezes eu acho que a plenitude não existe para ser alcançada. Aquilo que hoje a gente acredita ser o baú de tesouros, quando conseguimos não passa de uns trocados. E eu não acredito que sejamos todos seres ingratos, por não nos sentirmos satisfeitos e realizados com a concretização de um sonho. Numa perspectiva diferente, somos seres insaciáveis propositalmente com o intuito de sempre estarmos melhorando e buscando novos propósitos, novas realizações. Sonho é uma denominação dada para um anseio ou um ponto que se pretende chegar, para dali em diante almejar um novo ponto ainda mais longe, antes improvável de se alcançar sem a realização do sonho anterior. Nossos planos e ações consequentes são parcelas de um somatório, inclusive os espaços vazios quando não estamos sonhando ou agindo, estamos apenas esperando. E o que fazer para preencher esses espaços vazios de maneira a somar e não estacionar no tempo? Devemos fazer as coisas que sempre queríamos mas faltava tempo? Ou aproveitar mais a companhia de alguém? Ou devemos persistir num antigo sonho enquanto ele não é concretizado, mesmo que seja numa questão de tempo? Estou num espaço vazio ansiando para não torná-lo inútil ou estacionado no tempo.

Tudo no seu tempo.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Sim, isso também me afeta!


Às vezes eu queria ter o dom de dizer as palavras certas, na hora certa para as pessoas que estão precisando, mesmo que elas não peçam. Mas elas acabam sendo ditas apenas em pensamento, seja por uma falta de abertura ou pelo fato de que se forem ditas, podem não sair da forma como foram pensadas. Eu não sei se isso acontece com vocês, mas comigo, por exemplo, a fala distorce a maneira como a ideia foi concebida e termina não expressando da maneira correta o pensamento. Talvez por isso eu me identifique com a escrita - esta escrita moderna, com um teclado na minha frente e um blog à disposição - porque meus dedos obedecem à minha linha de raciocínio exatamente como fora concebida, sem empecilhos de ambientes ou das emoções refletidas em uma voz embargada.

[...]

Me remonto à época em que era criança, em que família significava feriados reunidos, tios e pais conversando e curtindo suas próprias companhias e os primos brincando de todas as brincadeiras que podíamos imaginar. Meus primos eram meus amigos dos fins de semana, férias e feriados, com quem eu poderia viajar e sempre seriam minhas companhias em reuniões familiares, sem ter obrigações escolares envolvendo nossas relações. Nós dormíamos juntos, tomávamos banho juntos e brincávamos juntos. Meus tios traziam presentes nos aniversários, me abraçavam e não tinham inibições de demonstrações de afeto e a minha família era unida e feliz. Ao menos na minha fantasia infantil, tudo era perfeito.
Mas com o passar do tempo, meus primos já não me viam com tanta freqüência e meus tios já não compareciam nos meus aniversários. Nós não viajávamos mais juntos e quanto mais eu amadurecia mais aquela antiga convivência e ideia de família unida e feliz se distanciava. Antes as palavras de admiração e companhia desfrutada, se tornavam em ofensas e brigas familiares. Eu ainda era uma criança amadurecendo quando tive que conviver com os desentendimentos e a mudança brusca da minha realidade até então conhecida. Por que me castigavam com a ausência dos meus tão queridos primos? E por que meus tios já não me passavam aquele carinho da época que eu era mais nova? Agora falavam de maneira sem graça, com abraços vazios, esperando que eu não notasse a indiferença que ali pairava. Sempre me perguntei o porquê de não ter o afeto de todos, sabendo que eles tinham com outros primos e o porquê deles se privarem da minha companhia, sem ao menos me conhecer direito e saber a adulta que estava me tornando. Por que não me deram a oportunidade de mostrar que eu faço parte da família e sou diretamente afetadas por suas (in)decisões?
Hoje, tenho a maturidade para entender tanta coisa que se passou e ainda se passa e sinto pena, do quanto se perdeu e ainda é perdido no tempo. Das relações desperdiçadas e dos julgamentos superficiais de uma realidade tão complexa. Lamento as ideias que se formaram, das interpretações tão distanciadas do sentido original das ações. Lamento o amor sendo perdido em meio a coisas sem importância real. E lamento, principalmente, uma existência familiar que deveria ter sido vivida e foi deixada de lado pelas intrigas.
Mas como tudo serve de aprendizado para o nosso crescimento, compreendo certas atitudes antes incompreendidas e admiro a consistência dos meus pais e os valores que aprendi na minha jornada de amadurecimento. Essa minha família - pai, mãe e irmã - pode contar com minha compreensão e amor para toda a vida. Agradeço todos os dias a oportunidade de convívio diário com pessoas tão maravilhosas e aprendo com seus gestos tudo o que há de bom.

Que bom que meus instrumentos de comunicação me servem tão bem quando preciso externar tudo o que sinto!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Passei no concurso do Banco do Brasil


E mais um entra para o hall de aprovados para se juntar com o concurso da Caixa! Agora está virando minha especialidade passar em concursos para banco, primeiro Caixa agora Banco do Brasil (BB). Espero não estar sendo minha especialidade também passar e não ser chamada. Mas vou manter o pensamento positivo já que o BB tem mostrado serviço e nos últimos concursos tem convocado todo o seu quadro de reserva. É só ter paciência e esperar!
Enquanto isso, como boa profissional no ramo dos concursos, concurseira não pode parar de estudar, segunda-feira começo meu grupo de estudos de matemática (eu e Bebel) para o concurso do INSS. E espero criar coragem para estudar Direito Previdenciário.

Enquanto isso, dediquei meu tempo às artes dos livros e cinema e fica a dica para vocês!

Livros:
- A sombra do Vento (recomendo)
- O milagre (romance de Nicholas Sparks menos meloso que Diário de uma paixão e Um amor para recordar - recomendo mais ou menos)
- O testamento (para quem gostou de O código da Vinci, esse tem um enredo mais fraquinho, mas tem mais ação e personagens que O Código - recomendo)

Filmes:
- Rio (recomendo muito, inclusive a trilha sonora)
- A garota da capa vermelha (não recomendo muito não, mas é bonzinho pra entreter. Fica melhor se você não gastar para assistir no cinema)
- Como você sabe (do mesmo autor de Melhor Impossível - recomendo)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A sociedade dos livros mortos



Não é irônico como somos tão dependentes das tecnologias atuais e deixamos nossas vidas girarem em torno delas, mas ao mesmo tempo elas se mostram tão frágeis e suscetíveis a falhas, diante de fenômenos tão costumeiros como a chuva?!
Me intriga o fato de dedicarmos tanto tempo a elas e não termos o mesmo retorno. Mesmo com os avanços diários, elas ainda não conseguem estar 100% presentes. Então, por que ser tão dependente disso? Querendo me desvencilhar dessa prisão tecnológica, dediquei meu tempo vago a ler livros. ÓÓÓÓÓÓ...livros? Isso ainda existe? Sim, caros leitores, ao que tudo indica, alguém tenta se comunicar com os outros e entreter o mundo por meio de páginas contendo letrinhas cuja junção formam frases e ideias. Não é brilhante? E não me refiro a livros de estudos para concurso ou de algum autor de administração, muito menos aqueles de auto-ajuda ou "como ganhar seu primeiro milhão". Me refiro a livros que têm o intuito somente de entreter, de proporcionar o conhecimento de diferentes culturas, daqueles que não impõem o pensamento do autor e sim nos leva a pensar, a refletir e tirar nossas próprias conclusões. Por mais que eu goste do cinema e televisão, não há nada como os livros. Acho incrível como por meio de palavras, conseguimos visualizar um contexto, um lugar, os personagens e até nos identificarmos com tudo isso como se estivéssemos vendo de perto. Eu acho que posso me comparar a um deficiente visual, que apesar de não enxergar consegue entender uma realidade, mesmo sem nunca ter visto, só com os outros sentidos. Assim como nos livros, eu vejo sem nunca ter visto e acabo achando que conheço o que desconheço.
Só fico me perguntando o motivo pelo qual não me interessava por livros antes. Acho que porque livro era ligado ao colégio e prova e vestibular e literatura e eu sempre odiei literatura. Porque a literatura que a gente estuda, são dos" tempos de outrora" e minha professora se esforçava para explicar aqueles poemas desconexos que só faziam sentido para quem os tinha feito. Tédio! Me desculpem os poetas, respeito todo tipo de expressão artística, mas de fato, não me identifico com poemas. Prefiro algo mais direto, que explique os sentimentos sem prolixidade e palavras em desuso. Também não compreendo como em plena juventude nos empurram uma literatura tão antiga e distante da nossa realidade atual. Para uma criança/adolescente como eu, era como tentar decifrar as parábolas de Jesus. Acredito que na época em que foram escritas, as pessoas entendiam com mais facilidade, porque estavam inseridas naquele contexto, mas hoje estamos em outra época, outra linguagem, outras formas de se expressar. Que fique bem claro que não me oponho aos autores ou aos "tempos de outrora", pelo contrário, adoro histórias do passado, me oponho aos responsáveis por eu ter me afastado da literatura por tanto tempo, pelo simples fato de não terem me mostrado que ela ia além daquilo ali. Pelo menos algo se salva dessa época, meu gosto pelas histórias em quadrinhos. Acho que por ser a única a falar a minha linguagem.
Hoje, não tão velha, mas com idade suficiente para entender os livros, aprendi a respeitá-los e valorizá-los, principalmente os autores pela criatividade e por me carregar a este mundo imaginário.

Boa leitura!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Cessa mais um ciclo. Pronta para o próximo!

De volta, depois de um tempo reclusa e dedicada a outras atividades menos frívolas. Além do mais, com vocabulário mais rebuscado em virtude do longo período imersa em estudos e leituras, embora com a mesma ausência de fatos marcantes na minha vida rotineira.
Como já sabem, ou ao menos eu espero que os meus (poucos) leitores saibam, desde o começo do ano estava me dedicando ao concurso do Banco do Brasil. Fiz duas provas: uma para região da Paraíba, outra para a do Rio Grande do Norte. A primeira, quase passei (literalmente) para meu desgosto e decepção. E esta foi tão grande que nem ânimo tive para tentar escrever algo aqui, porque, apesar de ter nas últimas publicações uma enxurrada de lamentações e histórias de concursos, não quis escrever mais uma vez sobre a decepção de ter chegado tão perto e não ter conseguido. De certo modo, acho que isso me cansa e cansa quem ainda se dedica a perder tempo lendo o meu blog. A segunda prova, prestei ontem em Natal e gostei, mas como nada que acontece na minha vida é tranquilo, já sei que todos que prestaram a prova gostaram também e isso significa que devo acertar mais questões e errar o mínimo possível.
No entanto, não quero ficar me lamentando aqui. Estou tentando recuperar a minha confiança, abalada pelas últimas derrotas sofridas. Tento me conter e não me revoltar com os aprovados do concurso que nem sabem escrever, embora não consiga evitar meus olhos ardendo ao olhar recados com erros de português que parecem atentar contra a minha inteligência. Me seguro para não me rebelar ao pensar que estes seres ignorantes estão numa posição melhor que a minha e sequer entendem da própria língua. Eu sei que o fato de você cometer erros em português não significa que você não seja inteligente, mas ao menos se esforce para olhar no dicionário como se escreve antes de sair publicando coisas para todos verem e não me fazerem sentir vergonha alheia. "Você", no caso, não é você, meu leitor! "Você" seria alguém que passou no concurso e não sabe português, com quem eu supostamente estaria falando.
Mas enfim, eu disse que não queria me rebelar mas fica evidente que certos acontecimentos não "descem redondo" como cerveja desce para alguns.
O importante é que não há nada como um dia atrás do outro. Quando você acha que daqui para frente as coisas serão insuportáveis e muito mais difíceis, você encontra forças no apoio de outras pessoas que acreditam em você quando nem você acredita mais. Quero agradecer àqueles que estiveram comigo desde o resultado do último concurso até o dia da última prova (ontem), porque foram responsáveis por melhorarem o meu humor e minha auto-estima. Mesmo que nenhum deles tenha feito terapia comigo, sequer falaram sobre a minha derrota, mas me fizeram sentir bem com suas energias positivas e seu bom humor e, me fizeram esquecer dos meus medos e preocupações de não conseguir superar minhas próprias expectativas.
Se isso irá surtir efeito numa possível aprovação do concurso, eu não sei, mas já surtiu efeito em me reerguer e querer novamente fazer novos planos para o futuro.

Uma boa semana de folga para mim e uma boa semana de atividades para vocês!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Reflexões de um péssimo dia

Como se manter concentrado e focado quando a sorte decide não sorrir pra você?
Como conseguir provas de sua capacidade se ela até agora não te levou a lugar nenhum? Se tudo conspira pra mostrar que você não consegue, como arranjar forças pra se manter confiante, se a correnteza só te arrasta pro sentido contrário?

Não sei responder essas perguntas! Não sei mais o que esperar de mim e do mundo. Parece que todos têm oportunidades e elas nunca sobram pra mim. Por mais que me esforce pra conseguir alguma, as portas sempre se fecham pro meu lado. Já estou descrente de tudo! Pra ser sincera não sei nem se tenho capacidade pra alguma coisa.

Estou sentindo o peso dos 2 anos de desemprego e dos 24 anos sem ter conseguido destaque em nada! O que esperar do futuro?

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Vem aí mais um

Sem tempo pra postar aqui! Estou estudando pra mais um concurso e vamos esperar passar a prova pra ver no que dá!

Feliz 2011!