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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Identidade

As minhas dores me representam. São as marcas de um passado que necessita ser redimido e, elas são as melhores professoras. As minhas reflexões me representam. São as interpretações às dores. A minha idade me representa. São as esfinges da ação da vida e a maturidade que aflora. Minha consciência me representa. São as lembranças das más tendências que não devem ser repetidas; as vozes que conduzem à conduta reta, sem inclinações para os desatinos. Quantos mais me representarão?

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Carta aos amigos

Queridos amigos,
Caros em meus sentimentos de estima. Quantas alegrias compartilhadas me trazem à mente doces lembranças do nosso convívio.
Foram vocês que me teceram gentis comentários de incentivo e reconhecimento, daquilo que não posso chamar de dom, nem de talento, e sim, vocação.
Agradeço serem o som da minha voz, que por tantas vezes se embarga e se perde, não conseguindo exprimir minhas ideias e meus apelos.
Pelas minhas mãos me permito a liberdade que meu espírito tanto intenciona mas que meu corpo aprisiona. Por elas, meu pensamento corre livre, sem os empecilhos e tropeços da minha fala. Instrumentos que fazem o meu silêncio ser ouvido.
Mãos que intermedeiam o contato dos meus mais sinceros sentimentos com os seus corações. E, se quase sempre me faltam atitudes, não me faltam bons intentos. Aqueles abraços que por vezes escondi, existiram em meus mais íntimos pensamentos e, hoje se fazem conhecidos. Por elas, deixo que se transmitam meus abraços, beijos e conselhos.
Rogo a proteção para que o discernimento não me escape e que as ilusões não ocupem o espaço das verdades. Que eu encontre sempre na escrita, demonstrações sinceras da minha consciência liberta, tal qual fora criada: bússola orientadora; guia de proteção; menu da verdade; voz da compreensão.

Obrigada!

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Sou

Sou uma velha num corpo jovem...
Sou uma jovem consciência.
Sou uma caminhada de muitos passos...
Sou ainda passos de criança.
Sou pensamentos maduros...
Sou ainda tão inexperiente.
Sou minhas experiências...
Sou ainda sem vivência.
Sou um conjunto de erros...
Sou ainda o início dos acertos.
Sou alma calejada...
Sou ainda mãos de seda.
Sou longa caminhada...
Sou ainda início de partida.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Baixos

A vida é tão cheia de altos e baixos que, às vezes, sua família está bem, você está bem, sua vida vai bem e alguma coisa parece o colocar para baixo. Como manter a sanidade mental para suportar os "baixos" da vida? É algo que tenho procurado, mas frustração é uma palavra perseguidora. Sociedade, vizinhos, colegas, clientes, estão mostrando o tempo todo que esforços não são suficientes sem resultado. No ganha a ganha, às vezes sinto que estou perdendo...tempo, dinheiro...paciência!
Estranho querer desabafar por aqui, mas quando leio o que escrevo, tudo soa tão...egoísta.
Quero gritar, sair impondo minhas vontades e realizando desejos mas não sou sozinha no mundo e para fazer qualquer coisa, preciso pensar no próximo. Principalmente os "meus próximos". Então lá vou eu, abaixar a cabeça, pedir a Deus mais um pouquinho de paciência e não parar de dizer o meu eterno mantra "tudo é passageiro".

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Em outras terras

Olá,

Depois de um longo recesso, estou de volta para dar uma atualizada na página. 
Como é sabido por muitos, agora em novo endereço físico (o virtual continua o mesmo): Natal.
Como me sinto? Agradecida!
Sentimentos difusos me permeiam em meio à minha rotina. Às vezes triste, às vezes alegre, mas na maior parte do tempo, me policiando para me manter sempre agradecida. Finalmente consegui o meu tão sonhado emprego e, graças a Deus, vem me proporcionando uma satisfação imensa, sem falar na realização pessoal de estar trabalhando numa instituição de renome, em que muitos tentaram e não conseguiram conquistar o espaço que conquistei.  
Agora, não vou ser hipócrita em não admitir que, no meu cantinho solitário, a saudade aperta e eu sofro por estar "longe" de casa. Dá aquela dorzinha pensar que todos que eu amo não estão ao meu alcance imediato. E ontem foi um dia desses, em que o velho "banzo" decidiu aparecer. Imersa em lágrimas de desânimo, escuto minha consciência que me aconselha ligar a TV. Tudo bem, vou ligar depois de quase 1 mês sem ligá-la, me bateu essa vontade troncha de assistir alguma coisa, que eu nem sabia o quê. Passando os canais decidi parar no canal da Canção Nova (?). Não sou católica, nunca assisti nenhum programa e certamente, alguma série que já estou habituada a assistir estaria passando no canal Warner. Mas, parei ali. Estava sendo transmitido um show de uma banda católica (não sei o nome), cantando músicas que desconheço, mas fiquei assistindo. Quando, então, uma das cantoras começa a cantar uma música de sua autoria e no decorrer dela, emocionada, envia uma mensagem para aqueles que a escutavam: "tudo passa, a dor passa, os problemas passam, e o Senhor permanece". Aquilo foi como um "clic". Como eu podia estar minutos atrás, chorando, resmungando, lamentando estar aqui em Natal sozinha, ganhando pouco, longe de todos, quando tenho a certeza que tudo isso é passageiro? "Deixa de ser mal agradecida, Sara". Alô, criatura? Nenhum aprendizado vem sem esforço e todo esforço é recompensado. Portanto, aguenta firme, mulher e deixa de chorar!
A dor é bendita. Feliz daquele que sofre e sabe tirar proveito. Portanto, obrigada pela minha dor, Senhor!
Prometo ser mais quietinha, pois sei que algo de bom me espera e minhas aspirações um dia serão alcançadas. Vou me manter firme e forte aqui. E João Pessoa que me aguarde (no tempo certo).

Boa semana a todos!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Santa Maria, rogai por nós...

Em meio a essa onda de tristeza que veio à tona nesses últimos dias, em decorrência do incêndio em Santa Maria/RS, em que muito se tem perguntado e muito se tem julgado acerca dos prováveis responsáveis pela tragédia, uma frase dita por um padre que celebrou uma missa em homenagem aos mortos, resumiu meu pensamento: "é hora de oração, não de buscar culpados".
Entendo que o luto muitas vezes nos leva a buscar responsáveis pela nossa tristeza e dor, mas numa situação como essa, em que não houve a intenção de ferir ou prejudicar ninguém, um pouco mais de calma na hora de apontar os culpados é o mais sensato, tendo em vista que a necessidade maior é dar conforto aos familiares das vítimas, aos que desencarnaram em desespero e aos que ainda convalescem nos hospitais.
Diante disto, posso até ser mal interpretada por assim dizer, mas consegui tirar algo de bom de toda essa história e até posso dizer que me sinto alegre pelo que vi em termos de solidariedade. Tanto se fala do Brasil e dos brasileiros, que é um país de corruptos, que a violência cresce desenfreadamente, que as pessoas estão perdendo seus valores, entre tantos outros aspectos negativos da sociedade, no entanto, o Brasil mostra que seu coração é grande e, em meio a tanta coisa ruim, a solidariedade está presente em nosso íntimo. 
Existem dois caminhos na escola da vida: o amor e a dor. Infelizmente, estamos habituados a abrir mão do amor para só aprendermos com a dor. E essa dor, vivida por algumas centenas de pessoas no Rio Grande do Sul, se tornou a dor de centenas de milhares pelo resto do país. Através dela, muitas medidas de segurança serão tomadas, a displicência com as normas de segurança dará lugar ao cuidado com a vida alheia, entre tantas outras formas de se evitar tragédias como essa. Mas eu tiro como a melhor lição aprendida, o sentimento de compaixão. Muito mais do que se sentirem penalizadas com os arrebatados pela dor do incêndio, as pessoas transformaram sua tristeza em ação. Daí a presença de tantos voluntários de diferentes meios profissionais, de lugares distantes, até de outros países, se deslocando para Santa Maria, simplesmente com o intuito de ajudar. Quantas correntes de oração foram disseminadas pelas redes sociais, quantas missas foram realizadas ao redor do país pelos envolvidos no incêndio, quantas orações individuais foram feitas por pessoas que sequer tinham ligação com os jovens de Santa Maria. Onde quer que se olhasse, tinha alguém tocado pela dor, sensibilizado com os envolvidos, consternados com a situação dos familiares, de certa forma, todos unidos por uma dor.
Casos isolados de ignorantes separatistas com seus comentários discriminatórios surgiram, mas para quê dar tanta atenção a algum comentário isolado, quando a maioria se encontra ligada ao amor fraternal? Prefiro não dar mais cartaz ao que se propaga em termos de preconceito regional, ocupando minha mente com o que realmente importa. 
Por isso venho reconhecer o engrandecimento moral que ganhamos com essa experiência dolorosa. Embora as famílias não desfrutarão mais do convívio diário com os jovens arrebatados na tragédia, tenho certeza que elas não esquecerão o apoio recebido nesse momento dos que se compadeceram com as suas dores.
Que a solidariedade esteja mais presente no nosso dia a dia e que não precisemos passar por tanta tristeza para aprendermos a ser mais caridosos.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Tentando ser apenas uma cristã



Ah, meu Deus, quantas graças dou a Ti pelas Tuas concessões. Como me sinto feliz por presenciar tantos adeptos do Teu amor dispostos a proclamar Tuas glórias e Teus caminhos para nos encontrarmos. Graças ainda, pelas exortações do nosso mestre amado Jesus. O Cristo vivo e ressuscitado que do plano espiritual ainda faz maravilhas em nossas vidas, sempre nos instruindo, guiando e sustentando no que for preciso. Incansável obreiro do bem que não descansa enquanto não atrai para o Pai, todos os irmãos perdidos ou os que ainda se encontram em processo de amadurecimento espiritual. As palavras divinas e o exemplo vivo do evangelho de Jesus, ainda prevalece em nossas vidas. O tempo não apagou porque aquilo que é divino, é eterno e não padece como o corpo que nos reveste. Graças pela paciência conosco, em tratar-nos com tanto esmero e carinho, de forma individualista e especial, respeitando o tempo de cada um para compreensão dos Teus ensinamentos. Não me sinto digna da Tua presença, por ser apenas um recipiente pequeno que Tua grandeza não consigo abrigar, mas me prostro aos Teus pés para que um fio de Tuas vestes me sirva de vestimenta. És o alimento da vida e a essência de nossa existência. É em torno de Ti que vivemos e para Ti que nos destinamos. Sou feliz hoje, porque finalmente enxergo propósitos antes obscuros. O vazio que me faltava era a Tua presença que se esvaía. Mas agora retorno aos caminhos da criação e, como fora projetado, para o bem me destino. O amor nos criou, nos uniu e nos une e a ele nos destinamos. O mal simplesmente deixa de existir quando o preenchemos com o bem. Não há mal, onde o bem prevalece. Deixa de existir, porque de fato, nunca existiu. Não era mais que um vazio onde o amor esperava adentrar. Não compreendia e ainda não compreendo o que de fato era alegria, mas quando me aproximo de Ti, posso ter uma vaga ideia do que significa a felicidade plena. Desde então, não me posiciono mais como alguém que possui momentos de felicidade, mas alguém que pelas pequenas amostras se satisfaz e se alegra, porque espera, na fé na imortalidade, o momento de ser digna de conquistar a felicidade em harmonia com Deus e dos meus queridos. 
Graças a Ti, meu Deus, porque me amas.

domingo, 30 de dezembro de 2012

Adeus ano velho, feliz ano novo


O título não poderia ser mais clichê, mas quem falou que não gosto de clichês? Mais um ano que se encerra e outro que em breve se inicia. Qual o saldo de 2012 e quais as resoluções para o ano que vem? 
Quando penso no que passou, até tenho um breve descontentamento por achar que esse ano não foi tão bom quanto eu gostaria. É verdade que estudei (quase) o ano inteiro e gostaria de ter obtido alguma aprovação em outro concurso, mas não vou me lamentar, pois dessa postura estou, aos poucos, me libertando. Percebi que não faz bem ficar lamentando minhas supostas derrotas. Então...vamos para frente! O finzinho do ano conseguiu salvar 2012 de não ficar esquecido na minha história, afinal, consegui minha convocação (aplausos) no Banco do Brasil mesmo que não tenha conseguido ser contratada (mas isso são outros quinhentos). O que importa é que minha vaguinha está garantida. Desse modo, 2013 terá início com grandes expectativas depositadas nele. Muitas mudanças ocorrerão: vou sair de casa, vou ganhar meu primeiro salário, vou mudar de cidade, vou contribuir para o INSS (quem acompanha o blog sabe o quanto sonhava começar a contribuir para a previdência), vou aprender a matar barata sozinha sem precisar chamar alguém, enfim...ano novo, vida nova!
Minha postura, portanto, não poderia ser diferente: estou extremamente agradecida!
Em meio a tantos rumores de fim do mundo, más interpretações de anotações e escritos de civilizações antigas, só me resta desejar que abandonemos este mundo sofrido e injusto, em que o mal ainda prevalece e demos as boas vindas a um novo, construído por todos nós com mais amor e respeito entre todos. Em 2013, quero estar assumindo a mesma postura agradecida no findar de seus dias. E que fique aqui os meus sinceros votos de sucesso nos nossos empreendimentos, saúde da mente e recursos para a prática dos nossos trabalhos diários. Muita paz nos nossos lares e muitas conquistas para o bem.

Feliz 2013!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O Natal de todos nós


Como é gratificante chegar a essa época do ano com tantas coisas para agradecer diante desta data tão representativa para nós que é o Natal. Me satisfaço em celebrar, por mais um ano, a vinda do nosso Mestre que, em uma breve passagem pela Terra, conseguiu concentrar toda a perfeição que almejamos atingir, em gestos de amor e resignação. Embora  muitos ainda não o aceitem como exemplo a ser seguido, não há quem possa negar sua grandiosidade demonstrada em tantas lições ensinadas por meio da própria vivência, com toda a humildade e amor que, até então, desconhecemos em nosso semelhante. Inúmeros são os indivíduos que, tocados pela vida do Cristo, tiveram as suas transformadas. Hoje, além de graças ao Senhor pela misericórdia para com os seus irmãos necessitados, aos quais me incluo, venho dar graças aos seus discípulos, responsáveis por disseminar sua doutrina maravilhosa. Fico impressionada com o testemunho de tantos que lutaram e morreram em nome do Senhor e da defesa da sua boa nova. Me aprecia o poder de admiração que Jesus alcançava somente pela luz e paz emanadas por sua presença. Quantos incrédulos se prostravam aos seus pés, numa atitude espontânea e involuntária, apenas pela admiração inconsciente que sua presença grandiosa provocava. E dali mesmo, saíam discípulos do seu amor, por reconhecer a sua grandeza de espírito, ao mesmo tempo que mestre humilde a nos ensinar as verdades ocultas da vida. Me maravilho com a eloquência com que seus adeptos falavam do evangelho e tiravam lições dos mínimos detalhes da narrativa de seus passos. Jesus soube, em cada passo que dava, em cada gesto que fazia, em cada discurso que pregava, nos trazer lições que até hoje são incompreendidas.
Agradeço a oportunidade de desfrutar de seus ensinamentos. Agradeço a chance de ser cristã e poder me maravilhar com a paz que só o nosso Pai pode dar, mas que Jesus nos ensinou a procurar. Agradeço os esclarecimentos sobre a vida eterna que torna nosso sofrimento tão breve e tão pequeno diante do que nos aguarda na eternidade. Agradeço as lições tiradas do trabalho e do esforço próprio que elevam o nosso ser, isentando dos outros a responsabilidade por nossa própria salvação. 

Peço ao nosso Pai de infinita misericórdia que não nos desampare. Que a palavra viva do seu filho, Jesus, possa impregnar em todos os cantos as verdades desconhecidas por nossa ignorância. Que possamos aproveitar as lições tiradas dos nossos próprios erros e não procuremos justificar nossas atitudes em virtude da imperfeição moral que nos encontramos. E que não só neste Natal, mas hoje e sempre, saibamos amar verdadeiramente os nossos semelhantes, desvencilhados do egoísmo a que, constantemente, nos sentimos atraídos. Que saibamos entender as diferenças dos outros, encarando aqueles que fazem o mal, como verdadeiros necessitados e, aqueles que nos têm como inimigos como alguém a quem devemos oferecer a mão amiga. Afasta dos nossos corações os sentimentos de raiva e egoísmo que só nos destrói. Fortalece o nosso espírito com a calma e paz do teu amor. Se o bem não fosse o caminho certo a seguir, não nos sentiríamos tão bem ao praticá-lo. Se a raiva e o egoísmo nos fizessem bem, não nos sentiríamos tão angustiados e sozinhos. Que a fé nos proporcione as maravilhas alcançadas pelos milagres de outrora e que saibamos o poder que ela tem ao reconhecermos a nossa pequenez diante de Deus. Que nunca nos neguemos às verdades da vida. Que a palavra da salvação sempre esteja a nosso alcance, bastando que saibamos reconhecê-la. Que o que hoje é fonte de desconhecimento, se revele para nós no tempo certo como fonte de água cristalina. Que não nos achemos maiores do que somos e, a exemplo de Jesus, saibamos encontrar na humildade o caminho do crescimento como indivíduo. Que as nossas ditas verdades atuais não nos ceguem os olhos da alma para o que ainda não temos capacidade de compreender.
Enfim, meu Deus, que o teu amor nunca cesse e seja fonte inesgotável de felicidade e paz para todos nós.

Assim seja!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Cometas e estrelas

A gente sempre lê aqueles textinhos piegas que falam de amizade, que a distância não apaga aquelas que são verdadeiras, ou que algumas pessoas entram e saem de sua vida mas só algumas deixam marcas, etc e tal. O interessante é que por mais que essas coisas sejam repetitivas e clichês, a gente está sempre passando por situações interessantes que comprovam sua veracidade. Existe coisa mais estranha do que encontrar "amizades" da infância e não sentir mais nada de especial por aquelas pessoas? Às vezes eu fico pensando: "Meu Deus, essa pessoa fazia parte da minha vida e hoje eu não sei nada a respeito dela, não sei que adulto se tornou". É estranho! O que fez com que umas permanecessem e outras sumissem vai além da minha compreensão. Hoje tenho (poucos) amigos de longas datas que em tempos remotos tinham menor representação que algumas outras pessoas, no entanto, permanecem ao meu lado, enquanto outros "melhores" amigos do passado não tenho nem notícias. Desconheço o caráter que compõe suas personalidades, suas atitudes, seus amores, seus gostos. É um pouco triste, ao mesmo tempo que a vida parece ter se encarregado de fazer sua seleção natural e só os laços mais fortes foram preservados. Mas eu me pergunto se aconteceu naturalmente ou eu fui a culpada pelo fim de uma grande amizade? Não sou daquelas que ligam para dizer que estou com saudades, nem deixo recados em redes sociais. Não sou também do tipo carente que fica reclamando da falta que alguém me faz. Não faço muitos elogios, nem sou carinhosa. Quem me conhece sabe que para tirar um elogio de mim, você tem que estar realmente arrasando, queridinha! Brincadeiras (de verdade) à parte, não gosto de pôr a culpa 100% nos outros. Sou perferccionista e por isso exijo sempre muito de mim para não cometer erros. Acabo sendo "fria" para não ser falsa. Não gosto de dar motivos para que as pessoas façam queixas a meu respeito, por isso sempre me pego fazendo esse tipo de reflexão. Como resultado, ganho essas dúvidas; essas crises de culpa e responsabilidade. 
Não vejo como arrependimentos, mas será que poderia ter feito algo diferente e hoje teria um amigo a mais? 
Acho que a vida vai se encarregar de me responder essa pergunta.