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segunda-feira, 22 de julho de 2013

Em outras terras

Olá,

Depois de um longo recesso, estou de volta para dar uma atualizada na página. 
Como é sabido por muitos, agora em novo endereço físico (o virtual continua o mesmo): Natal.
Como me sinto? Agradecida!
Sentimentos difusos me permeiam em meio à minha rotina. Às vezes triste, às vezes alegre, mas na maior parte do tempo, me policiando para me manter sempre agradecida. Finalmente consegui o meu tão sonhado emprego e, graças a Deus, vem me proporcionando uma satisfação imensa, sem falar na realização pessoal de estar trabalhando numa instituição de renome, em que muitos tentaram e não conseguiram conquistar o espaço que conquistei.  
Agora, não vou ser hipócrita em não admitir que, no meu cantinho solitário, a saudade aperta e eu sofro por estar "longe" de casa. Dá aquela dorzinha pensar que todos que eu amo não estão ao meu alcance imediato. E ontem foi um dia desses, em que o velho "banzo" decidiu aparecer. Imersa em lágrimas de desânimo, escuto minha consciência que me aconselha ligar a TV. Tudo bem, vou ligar depois de quase 1 mês sem ligá-la, me bateu essa vontade troncha de assistir alguma coisa, que eu nem sabia o quê. Passando os canais decidi parar no canal da Canção Nova (?). Não sou católica, nunca assisti nenhum programa e certamente, alguma série que já estou habituada a assistir estaria passando no canal Warner. Mas, parei ali. Estava sendo transmitido um show de uma banda católica (não sei o nome), cantando músicas que desconheço, mas fiquei assistindo. Quando, então, uma das cantoras começa a cantar uma música de sua autoria e no decorrer dela, emocionada, envia uma mensagem para aqueles que a escutavam: "tudo passa, a dor passa, os problemas passam, e o Senhor permanece". Aquilo foi como um "clic". Como eu podia estar minutos atrás, chorando, resmungando, lamentando estar aqui em Natal sozinha, ganhando pouco, longe de todos, quando tenho a certeza que tudo isso é passageiro? "Deixa de ser mal agradecida, Sara". Alô, criatura? Nenhum aprendizado vem sem esforço e todo esforço é recompensado. Portanto, aguenta firme, mulher e deixa de chorar!
A dor é bendita. Feliz daquele que sofre e sabe tirar proveito. Portanto, obrigada pela minha dor, Senhor!
Prometo ser mais quietinha, pois sei que algo de bom me espera e minhas aspirações um dia serão alcançadas. Vou me manter firme e forte aqui. E João Pessoa que me aguarde (no tempo certo).

Boa semana a todos!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Santa Maria, rogai por nós...

Em meio a essa onda de tristeza que veio à tona nesses últimos dias, em decorrência do incêndio em Santa Maria/RS, em que muito se tem perguntado e muito se tem julgado acerca dos prováveis responsáveis pela tragédia, uma frase dita por um padre que celebrou uma missa em homenagem aos mortos, resumiu meu pensamento: "é hora de oração, não de buscar culpados".
Entendo que o luto muitas vezes nos leva a buscar responsáveis pela nossa tristeza e dor, mas numa situação como essa, em que não houve a intenção de ferir ou prejudicar ninguém, um pouco mais de calma na hora de apontar os culpados é o mais sensato, tendo em vista que a necessidade maior é dar conforto aos familiares das vítimas, aos que desencarnaram em desespero e aos que ainda convalescem nos hospitais.
Diante disto, posso até ser mal interpretada por assim dizer, mas consegui tirar algo de bom de toda essa história e até posso dizer que me sinto alegre pelo que vi em termos de solidariedade. Tanto se fala do Brasil e dos brasileiros, que é um país de corruptos, que a violência cresce desenfreadamente, que as pessoas estão perdendo seus valores, entre tantos outros aspectos negativos da sociedade, no entanto, o Brasil mostra que seu coração é grande e, em meio a tanta coisa ruim, a solidariedade está presente em nosso íntimo. 
Existem dois caminhos na escola da vida: o amor e a dor. Infelizmente, estamos habituados a abrir mão do amor para só aprendermos com a dor. E essa dor, vivida por algumas centenas de pessoas no Rio Grande do Sul, se tornou a dor de centenas de milhares pelo resto do país. Através dela, muitas medidas de segurança serão tomadas, a displicência com as normas de segurança dará lugar ao cuidado com a vida alheia, entre tantas outras formas de se evitar tragédias como essa. Mas eu tiro como a melhor lição aprendida, o sentimento de compaixão. Muito mais do que se sentirem penalizadas com os arrebatados pela dor do incêndio, as pessoas transformaram sua tristeza em ação. Daí a presença de tantos voluntários de diferentes meios profissionais, de lugares distantes, até de outros países, se deslocando para Santa Maria, simplesmente com o intuito de ajudar. Quantas correntes de oração foram disseminadas pelas redes sociais, quantas missas foram realizadas ao redor do país pelos envolvidos no incêndio, quantas orações individuais foram feitas por pessoas que sequer tinham ligação com os jovens de Santa Maria. Onde quer que se olhasse, tinha alguém tocado pela dor, sensibilizado com os envolvidos, consternados com a situação dos familiares, de certa forma, todos unidos por uma dor.
Casos isolados de ignorantes separatistas com seus comentários discriminatórios surgiram, mas para quê dar tanta atenção a algum comentário isolado, quando a maioria se encontra ligada ao amor fraternal? Prefiro não dar mais cartaz ao que se propaga em termos de preconceito regional, ocupando minha mente com o que realmente importa. 
Por isso venho reconhecer o engrandecimento moral que ganhamos com essa experiência dolorosa. Embora as famílias não desfrutarão mais do convívio diário com os jovens arrebatados na tragédia, tenho certeza que elas não esquecerão o apoio recebido nesse momento dos que se compadeceram com as suas dores.
Que a solidariedade esteja mais presente no nosso dia a dia e que não precisemos passar por tanta tristeza para aprendermos a ser mais caridosos.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Tentando ser apenas uma cristã



Ah, meu Deus, quantas graças dou a Ti pelas Tuas concessões. Como me sinto feliz por presenciar tantos adeptos do Teu amor dispostos a proclamar Tuas glórias e Teus caminhos para nos encontrarmos. Graças ainda, pelas exortações do nosso mestre amado Jesus. O Cristo vivo e ressuscitado que do plano espiritual ainda faz maravilhas em nossas vidas, sempre nos instruindo, guiando e sustentando no que for preciso. Incansável obreiro do bem que não descansa enquanto não atrai para o Pai, todos os irmãos perdidos ou os que ainda se encontram em processo de amadurecimento espiritual. As palavras divinas e o exemplo vivo do evangelho de Jesus, ainda prevalece em nossas vidas. O tempo não apagou porque aquilo que é divino, é eterno e não padece como o corpo que nos reveste. Graças pela paciência conosco, em tratar-nos com tanto esmero e carinho, de forma individualista e especial, respeitando o tempo de cada um para compreensão dos Teus ensinamentos. Não me sinto digna da Tua presença, por ser apenas um recipiente pequeno que Tua grandeza não consigo abrigar, mas me prostro aos Teus pés para que um fio de Tuas vestes me sirva de vestimenta. És o alimento da vida e a essência de nossa existência. É em torno de Ti que vivemos e para Ti que nos destinamos. Sou feliz hoje, porque finalmente enxergo propósitos antes obscuros. O vazio que me faltava era a Tua presença que se esvaía. Mas agora retorno aos caminhos da criação e, como fora projetado, para o bem me destino. O amor nos criou, nos uniu e nos une e a ele nos destinamos. O mal simplesmente deixa de existir quando o preenchemos com o bem. Não há mal, onde o bem prevalece. Deixa de existir, porque de fato, nunca existiu. Não era mais que um vazio onde o amor esperava adentrar. Não compreendia e ainda não compreendo o que de fato era alegria, mas quando me aproximo de Ti, posso ter uma vaga ideia do que significa a felicidade plena. Desde então, não me posiciono mais como alguém que possui momentos de felicidade, mas alguém que pelas pequenas amostras se satisfaz e se alegra, porque espera, na fé na imortalidade, o momento de ser digna de conquistar a felicidade em harmonia com Deus e dos meus queridos. 
Graças a Ti, meu Deus, porque me amas.