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domingo, 30 de dezembro de 2012

Adeus ano velho, feliz ano novo


O título não poderia ser mais clichê, mas quem falou que não gosto de clichês? Mais um ano que se encerra e outro que em breve se inicia. Qual o saldo de 2012 e quais as resoluções para o ano que vem? 
Quando penso no que passou, até tenho um breve descontentamento por achar que esse ano não foi tão bom quanto eu gostaria. É verdade que estudei (quase) o ano inteiro e gostaria de ter obtido alguma aprovação em outro concurso, mas não vou me lamentar, pois dessa postura estou, aos poucos, me libertando. Percebi que não faz bem ficar lamentando minhas supostas derrotas. Então...vamos para frente! O finzinho do ano conseguiu salvar 2012 de não ficar esquecido na minha história, afinal, consegui minha convocação (aplausos) no Banco do Brasil mesmo que não tenha conseguido ser contratada (mas isso são outros quinhentos). O que importa é que minha vaguinha está garantida. Desse modo, 2013 terá início com grandes expectativas depositadas nele. Muitas mudanças ocorrerão: vou sair de casa, vou ganhar meu primeiro salário, vou mudar de cidade, vou contribuir para o INSS (quem acompanha o blog sabe o quanto sonhava começar a contribuir para a previdência), vou aprender a matar barata sozinha sem precisar chamar alguém, enfim...ano novo, vida nova!
Minha postura, portanto, não poderia ser diferente: estou extremamente agradecida!
Em meio a tantos rumores de fim do mundo, más interpretações de anotações e escritos de civilizações antigas, só me resta desejar que abandonemos este mundo sofrido e injusto, em que o mal ainda prevalece e demos as boas vindas a um novo, construído por todos nós com mais amor e respeito entre todos. Em 2013, quero estar assumindo a mesma postura agradecida no findar de seus dias. E que fique aqui os meus sinceros votos de sucesso nos nossos empreendimentos, saúde da mente e recursos para a prática dos nossos trabalhos diários. Muita paz nos nossos lares e muitas conquistas para o bem.

Feliz 2013!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O Natal de todos nós


Como é gratificante chegar a essa época do ano com tantas coisas para agradecer diante desta data tão representativa para nós que é o Natal. Me satisfaço em celebrar, por mais um ano, a vinda do nosso Mestre que, em uma breve passagem pela Terra, conseguiu concentrar toda a perfeição que almejamos atingir, em gestos de amor e resignação. Embora  muitos ainda não o aceitem como exemplo a ser seguido, não há quem possa negar sua grandiosidade demonstrada em tantas lições ensinadas por meio da própria vivência, com toda a humildade e amor que, até então, desconhecemos em nosso semelhante. Inúmeros são os indivíduos que, tocados pela vida do Cristo, tiveram as suas transformadas. Hoje, além de graças ao Senhor pela misericórdia para com os seus irmãos necessitados, aos quais me incluo, venho dar graças aos seus discípulos, responsáveis por disseminar sua doutrina maravilhosa. Fico impressionada com o testemunho de tantos que lutaram e morreram em nome do Senhor e da defesa da sua boa nova. Me aprecia o poder de admiração que Jesus alcançava somente pela luz e paz emanadas por sua presença. Quantos incrédulos se prostravam aos seus pés, numa atitude espontânea e involuntária, apenas pela admiração inconsciente que sua presença grandiosa provocava. E dali mesmo, saíam discípulos do seu amor, por reconhecer a sua grandeza de espírito, ao mesmo tempo que mestre humilde a nos ensinar as verdades ocultas da vida. Me maravilho com a eloquência com que seus adeptos falavam do evangelho e tiravam lições dos mínimos detalhes da narrativa de seus passos. Jesus soube, em cada passo que dava, em cada gesto que fazia, em cada discurso que pregava, nos trazer lições que até hoje são incompreendidas.
Agradeço a oportunidade de desfrutar de seus ensinamentos. Agradeço a chance de ser cristã e poder me maravilhar com a paz que só o nosso Pai pode dar, mas que Jesus nos ensinou a procurar. Agradeço os esclarecimentos sobre a vida eterna que torna nosso sofrimento tão breve e tão pequeno diante do que nos aguarda na eternidade. Agradeço as lições tiradas do trabalho e do esforço próprio que elevam o nosso ser, isentando dos outros a responsabilidade por nossa própria salvação. 

Peço ao nosso Pai de infinita misericórdia que não nos desampare. Que a palavra viva do seu filho, Jesus, possa impregnar em todos os cantos as verdades desconhecidas por nossa ignorância. Que possamos aproveitar as lições tiradas dos nossos próprios erros e não procuremos justificar nossas atitudes em virtude da imperfeição moral que nos encontramos. E que não só neste Natal, mas hoje e sempre, saibamos amar verdadeiramente os nossos semelhantes, desvencilhados do egoísmo a que, constantemente, nos sentimos atraídos. Que saibamos entender as diferenças dos outros, encarando aqueles que fazem o mal, como verdadeiros necessitados e, aqueles que nos têm como inimigos como alguém a quem devemos oferecer a mão amiga. Afasta dos nossos corações os sentimentos de raiva e egoísmo que só nos destrói. Fortalece o nosso espírito com a calma e paz do teu amor. Se o bem não fosse o caminho certo a seguir, não nos sentiríamos tão bem ao praticá-lo. Se a raiva e o egoísmo nos fizessem bem, não nos sentiríamos tão angustiados e sozinhos. Que a fé nos proporcione as maravilhas alcançadas pelos milagres de outrora e que saibamos o poder que ela tem ao reconhecermos a nossa pequenez diante de Deus. Que nunca nos neguemos às verdades da vida. Que a palavra da salvação sempre esteja a nosso alcance, bastando que saibamos reconhecê-la. Que o que hoje é fonte de desconhecimento, se revele para nós no tempo certo como fonte de água cristalina. Que não nos achemos maiores do que somos e, a exemplo de Jesus, saibamos encontrar na humildade o caminho do crescimento como indivíduo. Que as nossas ditas verdades atuais não nos ceguem os olhos da alma para o que ainda não temos capacidade de compreender.
Enfim, meu Deus, que o teu amor nunca cesse e seja fonte inesgotável de felicidade e paz para todos nós.

Assim seja!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Cometas e estrelas

A gente sempre lê aqueles textinhos piegas que falam de amizade, que a distância não apaga aquelas que são verdadeiras, ou que algumas pessoas entram e saem de sua vida mas só algumas deixam marcas, etc e tal. O interessante é que por mais que essas coisas sejam repetitivas e clichês, a gente está sempre passando por situações interessantes que comprovam sua veracidade. Existe coisa mais estranha do que encontrar "amizades" da infância e não sentir mais nada de especial por aquelas pessoas? Às vezes eu fico pensando: "Meu Deus, essa pessoa fazia parte da minha vida e hoje eu não sei nada a respeito dela, não sei que adulto se tornou". É estranho! O que fez com que umas permanecessem e outras sumissem vai além da minha compreensão. Hoje tenho (poucos) amigos de longas datas que em tempos remotos tinham menor representação que algumas outras pessoas, no entanto, permanecem ao meu lado, enquanto outros "melhores" amigos do passado não tenho nem notícias. Desconheço o caráter que compõe suas personalidades, suas atitudes, seus amores, seus gostos. É um pouco triste, ao mesmo tempo que a vida parece ter se encarregado de fazer sua seleção natural e só os laços mais fortes foram preservados. Mas eu me pergunto se aconteceu naturalmente ou eu fui a culpada pelo fim de uma grande amizade? Não sou daquelas que ligam para dizer que estou com saudades, nem deixo recados em redes sociais. Não sou também do tipo carente que fica reclamando da falta que alguém me faz. Não faço muitos elogios, nem sou carinhosa. Quem me conhece sabe que para tirar um elogio de mim, você tem que estar realmente arrasando, queridinha! Brincadeiras (de verdade) à parte, não gosto de pôr a culpa 100% nos outros. Sou perferccionista e por isso exijo sempre muito de mim para não cometer erros. Acabo sendo "fria" para não ser falsa. Não gosto de dar motivos para que as pessoas façam queixas a meu respeito, por isso sempre me pego fazendo esse tipo de reflexão. Como resultado, ganho essas dúvidas; essas crises de culpa e responsabilidade. 
Não vejo como arrependimentos, mas será que poderia ter feito algo diferente e hoje teria um amigo a mais? 
Acho que a vida vai se encarregar de me responder essa pergunta.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Em processamento

As ideias estão fugindo da cabeça. Mas qualquer dia desses posto algo novo por aqui.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

O bem está extinto?

Confesso que eu tenho um dedinho nervoso para olhar notícias ruins em sites de informações mas, aos poucos, venho tentando controlar a minha curiosidade e não tenho lido notícias muito pesadas. Pois imaginem vocês que tem surtido efeito?! Tenho ficado mais tranquila. Não alimento mais minha curiosidade com bobagens e procuro ler coisas positivas. Nós não nos damos conta de o quanto ficamos negativos e revoltados quando lemos notícias violentas mas o fato é que elas nos influenciam. Imaginem o efeito positivo que teria se mais notícias boas fossem compartilhadas do que notícias ruins? Quando acesso sites sobre as notícias da Paraíba, quase consigo ver o sangue derramado de tanta violência propagada e quase nenhuma informação positiva. Por que as pessoas se detêm a só repassar o lado mais obscuro do ser humano? Essa história de que notícia boa não dá ibope, que as pessoas gostam de ver a desgraça alheia, para mim, isso é furada. Quando estudei marketing na universidade pude constatar que muitas necessidades atuais da população foram e são criadas. Ninguém nasce com necessidade de ter um celular e, por que com o tempo, passamos a achar aquele item indispensável para nossas vidas? Porque alguém, em algum determinado momento, nos vendeu a ideia de que celular é algo indispensável e se você não tem, você não se sente parte da sociedade. Se isso pode ser feito com qualquer produto em qualquer mercado consumidor, acredito que "vender o bem" também traria os mesmos efeitos positivos. 
Se hoje alguém publicasse uma notícia boa, ali adiante alguém se interessaria e mais adiante repassaria para os amigos e os amigos, repassariam para seus amigos, mais ou menos como nos mostra o filme "A Corrente do Bem", e assim, estaríamos propagando o bem ao invés do mal. Só o que escutamos é no quanto o mundo está violento, em como as coisas hoje em dia são piores que antigamente, que não se tem mais sossego etc, quando na verdade, o mundo não está pior, ele não está mais violento, as pessoas não estão se tornando piores, nós é que estamos escolhendo dar "ibope" para esse tipo de informação. Quantas Marias e Joãos, no anonimato, têm se dedicado ao trabalho da caridade, têm estudado a cura de doenças incuráveis, têm dado conforto para aqueles desesperados, têm oferecido os ouvidos amigos para as lamentações do outro. O bem está aí fora. Basta que a gente procure saber onde ele está. Basta que nos interessemos por notícias construtivas. Basta que arregacemos as mangas e vamos ao trabalho do bem. Descobriremos que não somos os primeiros nem seremos os últimos. Se não fizermos isso, ao menos procuremos higienizar nossa mente, lendo coisas construtivas ao invés de destrutivas. Isso vale para o facebook também. Cancelar assinaturas de quem só publica a desgraça alheia não é falta de caridade, porque não há nada de caridoso em propagar fotos de menininhos doentes e cachorros maltratados. Escolher leituras positivas e difundir comportamentos solidários é mais do que uma opção de entretenimento, é trazer para sua vida hábitos mais saudáveis. 

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Vivendo e aprendendo


Quando aprendemos que sabemos viver sem depositar sonhos e desejos de uma vida feliz na atitude dos outros...
Quando aprendemos que, na verdade, ninguém nos completa e que nascemos com todas as ferramentas para viver bem e que, só depende de nós mesmos termos uma vida boa...
Quando aprendemos que a imposição e cobrança, não faz com que as pessoas nos amem e respeitem...
Quando aprendemos que o respeito, assim como qualquer coisa que desejarmos para nós mesmos, só serão alcançados quando formos dignos de seu merecimento, por esforço próprio...
Quando aprendemos que viver bem, também é saber viver com concessões e limites, porque não somos donos do mundo, nem melhores que ninguém...
Quando aprendemos que agir com ignorância e brutalidade só nos coloca num falso patamar de autoridade, quando na verdade só estamos alimentando o nosso orgulho e adquirindo inimigos...
Quando aprendemos que coisas boas só irão acontecer quando fizermos coisas boas para tornarmos merecedores...
Quando aprendemos que somos aquilo que projetamos por meio de atitudes, pensamentos e sentimentos...
Quando aprendemos que desespero e medo, na realidade não existem, se tratam apenas da ausência de fé...
Quando aprendemos que o mal também não existe e que ele não é nada além da ausência do bem...
...percebemos que somos donos do nosso próprio destino, da nossa própria felicidade, da nossa própria realização, do nosso próprio amadurecimento, da nossa própria vida.
A ideia de uma vida plenamente feliz nos torna infelizes. São fragmentos de momentos ruins e bons, para que possamos aprender com os ruins e aproveitarmos os bons; agradecermos pelos ruins, porque nos tornarmos melhores e dignos dos bons. 
Que tal, por hoje, tentarmos ser mais conscientes e menos inconsequentes com nossas atitudes?
Farei um esforço para ver o resultado!


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Convocação autorizada em 01.10.12

Hello, bom dia!
Só para atualizar os fatos: fui convocada! (AAALELUIA... AAALELUIA... ALELUIA, ALELUIA, ALELUIAAA)

Primeiro fui convocada para Guamaré/RN mas rejeitei a convocação na esperança de ser chamada para uma cidade mais perto, e assim se deu, já que fui chamada para Natal/RN. E podia recusar Guamaré/RN? Sim, podia recusar já que eu não tinha sido chamada para região que tinha escolhido. 
Muito bem! E agora? 

Como nada na minha vida acontece facilmente, não vou poder ser empossada esse ano. Pois é! O banquinho do Brasil adora surpresinhas desagradáveis e suspendeu todas as convocações, treinamentos e contratações. Masss, eu já fui convocada, né? Para quê ficar reclamando da vida? Seria muita ingratidão e eu já estou muito feliz com essa convocação. O medo era de não ser chamada, mas agora que já fui, dá pra esperar mais alguns meses para começar a contribuir para previdência. (Percebe-se que o problema não era nem muito começar a ganhar dinheiro e sim contribuir com a previdência. Lógico! Com quantos anos eu iria me aposentar? Tem que pensar nessas coisas.)
Agora é só ir atrás de documentações, fazer os exames necessários, ficar qualificada, declarar que é funcionária do Banco do Brasil, preparar o povo para viver com a minha ausência (sim, porque eu sou a alegria deste humilde lar) e...continuar a estudar!
Mas estudar por que se você já foi chamada?
Porque depois de esperar 1 ano e 5 meses para ser convocada, enquanto a incerteza pairava se eu seria chamada antes do fim do prazo do concurso ou não, eu tive que dar continuidade à vida e isso implicou em continuar a estudar para os outros concursos. Não passei em nenhum depois desse do Banco do Brasil, mas  adquiri o hábito de estudar e consegui aumentar minha "bagagem" de conhecimentos, que só vem crescendo com as minhas experiências em provas de concursos. E, também, porque eu não quero desperdiçar meses/anos de estudo diário, de esforço dispendido, de neurônios gastos, com uma acomodação com o salário de bancária. Profissão esta que sabe lá se fará a minha alegria profissional (talvez sim, já que nunca se sabe). Não significa que sou ingrata e que não estou satisfeita com o que tenho, mas quando a gente se esforça por tanto tempo, estuda tanto, passa a ter anseios de conseguir algo melhor, algo que compense todo o esforço. Quem me conhece sabe o quanto tenho estudado e me dedicado a esses concursos. Não parei depois de ter passado para o Banco do Brasil (e podia, se quisesse) e eu acho que isso significa algo, então, não acho justo comigo mesma, parar de estudar agora. Embora algumas pessoas queiram me colocar para baixo dizendo que não vou conseguir estudar e trabalhar, que eu vou me acomodar com a situação, prefiro encarar tudo com esperança, afinal, só ela tem sido minha fiel companheira e tem me levantado nos momentos de desânimo. 
Inúmeras vezes me senti derrotada, incapaz, "burra" e, só Deus sabe como foi difícil me recompor e ter ânimo para continuar. Encarar as caras de desprezo falando "mas você SÓ estuda?", ver os meus colegas de faculdade todos empregados e conseguindo já promoções, enquanto eu nem tinha tido o meu primeiro emprego, não é uma tarefa para qualquer um e, eu acho que devo me alegrar em ter conseguido passar pelas dificuldades sem ter desistido no meio do caminho ou ter me deixado abater tanto, a ponto de me entregar numa depressão.

Portanto, contentem-se em me ver relatando mais experiências agradáveis/desagradáveis de concursos públicos por aqui. Prometo, no entanto, ser menos melancólica e mais animada nas minhas colocações. O período de guerra fria com o ânimo acabou e agora desejo menos lamentações e mais peripécias.

Boa semana para vocês e bom início de vida profissional para mim!

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Tirando a poeira

Um dia eu atualizo isso aqui...prometo...

segunda-feira, 9 de julho de 2012

O silêncio que me fala

Inúmeras coisas tenho aprendido nesse tempo de estudo. Embora não tenha alcançado o objeto de minhas intenções - passar e ser chamada para um concurso -, muito já adquiri dedicando horas a estudar. A concentração, ainda não consegui por completo e ela tem sido meu grande desafio nesses dias. O interessante é que, em meio a minhas distrações e pensamentos que em nada se vinculam ao conteúdo que estou tentando apreender (vulgo viagens), tenho alguns momentos... é...como posso dizer?...de "inspiração"?  Coloco entre aspas, porque tenho a impressão de que não são minhas ideias, mas como se minha consciência estivesse falando comigo. Mais parece uma conversa, como se diante de tantas preocupações que tiram a minha atenção naquele momento, "alguém" quisesse me tranquilizar e me mostrar respostas para os meus questionamentos. Acho que eu não fui muito clara, não é? Por exemplo, quando a gente está preocupado com alguma coisa e não consegue tirar aquilo da cabeça, até que, após tantas tentativas de concentração ou de ao menos tirar tudo isso da cabeça, eis que surge um momento de clareza e você passa a enxergar opções, soluções ou consolações. Por algumas vezes, aproveitei-me desses momentos para pegar uma caneta e um papel para escrever (obs: por que quando a gente tenta escrever um papel e caneta só sai uma folha e um papel?) e dois deles encontrei espalhados pelas páginas das minhas apostilas de estudo. São eles:
O orgulho nada nos traz de bom. Unicamente nos afasta da virtude da humildade. Aquele que se utiliza do orgulho para justificar seus atos de amor, não está obedecendo ao amor em seu sentido amplo, mas sim às paixões e ciúmes, muitas vezes confundidos por nossos olhos e desejos enraizados na matéria. O amor em seu sentido real não se separa das virtudes da humildade, benevolência e caridade.
Seja humilde para nos outros depositar a confiança necessária e faça isso de consciência limpa. Confia e faz sua parte. Se o outro não responder à ela, será ele o maior prejudicado por ter violado suas melhores intenções e pagará ele os pesares por a ter perdido. Enquanto ao que confia, terá o amparo por suas atitudes bem intencionadas.

O outro texto:
Por que é tão difícil manter a fé na nossa capacidade?
Uma vida de erros e provações nos torna cada vez mais pequenos e insignificantes perante Deus. Como apagar essas marcas e confiar no nosso progresso e melhoria? Como não se deixar dominar pelas inseguranças que atingem nossa alma? Com o poder da fé. Eis a resposta que nos fala no fundo da consciência. Não há mal que não possa ser sanado, nem erro que não seja passível de reparos. Olha e vê os exemplos dados por muitos que reconheceram seus erros e trabalharam pelo bem e pelo seu refazimento e assim foram recompensados. Se hoje se sente abatido, ore e vigie, para não se deixar levar pela tentação das dúvidas e inseguranças. Aproveite o seu tempo para cultivar bons pensamentos, não esquecendo nunca do trabalho e esforço para alcançar aquilo que deseja. Confie.


Me pergunto quanto disso pensei sozinha e quanto fui orientada. O silêncio de quando estamos trabalhando somente com nossa mente nos leva a "escutar" coisas que dificilmente perceberíamos se estivéssemos nos movimentando, em meio a tantas atividades corriqueiras. Enquanto não colho os frutos profissionais, ao menos pareço caminhar em encontro a um certo equilíbrio e harmonia em relação aos meus próprios medos e incertezas.


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Administradora Concurseira


Passados 3 anos da minha formação em Administração é inevitável não cair no descontentamento de ainda não estar inserida no mercado de trabalho. Não posso atribuir a isso a falta de vagas e oportunidades no mercado, pois foi uma decisão minha não ir em busca de um emprego em empresas privadas. Muitas vezes alimento pensamentos de que os anos despendidos na faculdade estão se perdendo no tempo ou sendo desperdiçados pela minha escolha em seguir na carreira de serviço público.
Porém, ao analisar características e fundamentos da Administração, identifico os mesmos pontos de um profissional da área pública e um profissional da área privada e, concluo que minha formação profissional não será abandonada no decorrer da minha (futura) carreira pública, muito menos na minha busca por realizações profissionais e na maneira com que me posiciono e manipulo minhas habilidades em prol de resultados satisfatórios.

Dessa forma, apresento-lhes os 10 mandamentos de uma boa Administração (adaptado para um concurseiro)

1. CONHECIMENTO

Excelente ponto para se começar a discussão. Ninguém consegue um cargo público estável sem estudar para um concurso público. O conhecimento é essencial e diferencial na hora da seleção de bons profissionais. Mas, quando me refiro a esse ponto, falo sobre cargo público federal, em que as irregularidades e fraudes são bem menos prováveis de acontecer do que em processos estaduais e municipais, dos quais as representações políticas agem soberanamente em detrimento das verdadeiras qualificações profissionais e da isonomia que deveria existir nos processos de seleção. Ainda sim, o conhecimento é uma grande arma de defesa, caso aja qualquer irregularidade no processo. O candidato dificultaria (e muito) a vida daqueles apadrinhados caso oferecesse prova irrefutável de sua qualificação para o cargo, ao obter uma excelente pontuação nas provas. Ao menos geraria uma dor de cabeça daquele desqualificado que tenta burlar a isonomia da seleção.

2. EXPERIÊNCIA

Essa experiência a que me refiro não implica necessariamente naquela profissional, mas principalmente, na experiência em outras seleções de concursos. Hoje, para adentrar num órgão ou cargo público de qualidade, com excelentes remunerações, têm-se admitido uma preparação de mais de um ano de estudo e as vastas experiências em outros concursos de menor dificuldade e menor exigência intelectual. Engana-se aqueles que pensam que devem começar a estudar quando o edital é publicado. Além disso, o candidato deve estar preparado fisicamente, psicologicamente e intelectualmente no dia de uma prova, para que seja possível obter resultados satisfatórios que culminará na aprovação ao cargo almejado e, isto só é possível, através de várias experiências com outros concursos.

3. LIDERANÇA

O que é um líder?
1.Indivíduo que chefia, comanda e/ou orienta, em qualquer tipo de ação, empresa ou linha de idéias. Cada indivíduo escolhe que estratégia melhor funciona quando se pretende otimizar resultados. Uma forma que pode ser satisfatória, seria a formação de um grupo de estudos, principalmente, quando o candidato possui um nível mais avançado de conhecimento que pode ser compartilhado com os outros. Além de estar contribuindo com os seus colegas, os ganhos obtidos no compartilhamento de informações são inúmeros e, quando se possui o espírito de liderança em ensinar a alguém o assunto que domina, o conteúdo se firma e se solidifica.
 2.Indivíduo, grupo ou agremiação que ocupa a primeira posição em qualquer tipo de competição
Para passar e ser chamado para trabalhar no serviço público é inegável que o candidato não só se saia bem, como seja o melhor. Mais uma vez reforço: dar provas irrefutáveis de sua qualificação dificulta a vida de muitos candidatos desqualificados; afinal, quem poderá contestar sua vaga quando se é o primeiro colocado em uma prova de concurso público?

4. PLANEJAMENTO

Saber que cargo público quer ser obter e a partir daí traçar metas a serem alcançadas; que metodologias de estudo poderão ser utilizadas; quais os melhores ambientes para se estudar e para aprender; como organizar os horários de estudo; o que não serve e o que pode ser descartado; como otimizar o tempo; quais são as oportunidades oferecidas e as ameaças que serão enfrentadas; quais são os pontos fortes e fracos a serem analisados no perfil do candidato em virtude do cargo que se almeja; são pontos a serem levados em conta na hora que se escolhe seguir o caminho dos concursos públicos.

5. CONTAR COM PROFISSIONAIS COMPETENTES

A escolha de um bom cursinho de preparação é crucial no bom resultado de um concurso público, bem como de diferentes autores de livros dedicados ao esclarecimento das leis e decisões políticas. Existem excelentes profissionais no ramo de cursinhos dos quais poderá se exaurir o máximo de conhecimento que eles possuam em benefício do aprendizado do candidato. Fazendo uma alusão a uma equipe de trabalho, a escolha de colegas de estudo também deve ser tomada com muito cuidado. Afastar aqueles candidatos sugadores, competitivos, falsos amigos e com propósitos pouco amigáveis é de extrema importância. (Já perdi de ser aprovada em concursos que estava habilitada a passar por ter me deixado abater por falsos amigos e gente que quis sugar minhas fontes de sustentação)

6. DEDICAÇÃO

A aprovação não chega sem haver dedicação. O mercado está se estreitando e cada vez mais profissionais qualificados adentram na briga em busca do trabalho no serviço público. Somente aquele que se dedicar, estudar muito, abdicar muitas horas de lazer para o estudo, atrelar vários conhecimentos além dos que forem exigidos, se multidisciplinar e persistir, se destacarão.

7. MOTIVAÇÃO

Atrelado ao conhecimento e à dedicação, torna-se o que há de mais importante e essencial para a aprovação num concurso. Procure um cargo que ofereça as qualificações que almeja e o coloque como fonte de motivação. Saiba que o caminho vai ser longo, muitas derrotas virão, mas manter-se motivado é o que o faz continuar na luta e levantar-se após cada decepção. Aquele que não está motivado ou se deixa levar pelo espírito derrotista no primeiro obstáculo, não pode ser um verdadeiro concurseiro. Todos sabemos que a persistência se fez presente em todos aqueles que obtiveram êxito no serviço público. E como persistir desmotivado?

8. NETWORKING

Inegável que, não importa que caminhos profissionais se escolha, ter uma boa rede de relacionamentos em qualquer âmbito social que esteja inserido, auxiliará na obtenção de êxito. Seja no processo de estudo, seja após ser aprovado no concurso ou seja já no ambiente de trabalho. Relacionar-se bem, colaborar e obter colaboração de outros indivíduos traz melhores resultados do que ser individualista e não procurar se socializar ou obter ajuda de ninguém.

9. VISÃO HOLÍSTICA

Ter a certeza de que a visão tem que ser para o todo e não olhar apenas para um aspecto. Aí mora minha grande dificuldade, pois tenho fortes tendências derrotistas. Mas sei (e assim tenho tentado me sustentar) que analisar tudo como uma grande construção em que etapas precisam ser ultrapassadas e levadas em consideração para que se obtenha o resultado aspirado é o caminho certo a seguir. Cada concurso, cada assunto estudado, cada experiência vivida, tem sido um pedaço do somatório que culminará na aprovação que pretendo obter e que uma aprovação não pode, jamais, ser sintetizada a apenas um critério utilizado na luta.

10. OBJETIVO AMBICIOSO 

Sair da zona de conforto, se atrever e ousar nos objetivos não é característica de um administrador de empresas privadas. Se passar em concurso fosse fácil, acho que eu já estaria trabalhando. Se dedicar à carreira pública não é se estabelecer em uma zona de conforto somente por conta da estabilidade oferecida. Não há qualquer organização que não se sentiria obsoleta se não acompanhasse o ritmo de desenvolvimento da sociedade e das tecnologias. Ousar, se atualizar e se atrever nos objetivos têm sido importado para dentro dos objetivos tanto individuais quanto organizacionais. Acreditar que a máquina pública de hoje é a mesma dos "tempos de outrora" é inconcebível com os objetivos de desenvolvimento do país, com o acúmulo de profissionais extremamente qualificados no mercado público e com os avanços científicos e tecnológicos. Os concurseiros há tempos inovaram suas opiniões a respeito... quando a sociedade capitalista conservadora vai inovar a sua também?

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Em favor da vida

“Concedei-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar aquelas que posso e sabedoria para distinguir umas das outras”.

É pedindo serenidade que começo a discorrer acerca do polêmico assunto discutido no Brasil atualmente. Longe de mim querer convencer alguém a pensar da mesma maneira que eu ou julgar aqueles que pensam de maneira diferente. Apenas não me contento em manter-me calada, sem qualquer posicionamento, ou alheia às discussões sociais que direcionam a sociedade em que vivo. Apesar de muitos alegarem que a descriminalização do aborto dos anencéfalos não gera a obrigatoriedade do ato e por isso não mereceria as manifestações em favor da vida, não há como um assunto ser abordado sem as implicações do outro, justamente porque tal mudança de pensamento e posicionamento político, acarretará consequências em toda a ética de uma sociedade. E, para aqueles que, como eu, se posicionam contra o aborto, não há melhor momento para defenderem seu posicionamento como este que estamos vivendo agora. Também não posso deixar de lado meu posicionamento respaldado na religião, porque religião e ciência, espírito e matéria, andam sempre de mãos dadas desde sempre e eternamente se completarão. Não há como admitir a existência de apenas um, se até onde se encontra o limite de um, começa o outro. Mas não me contento em apenas admitir o argumento religioso para defender meu posicionamento contrário ao aborto deste e de qualquer outro caso, até mesmo os permitidos pela nossa legislação, utilizo-me de pontos políticos, sociais e éticos para embasar minha defesa.
Para dispor de meus argumentos, façamos um comparativo simples: nossa sociedade brasileira, pode ser considerada como filhos e o nosso governo, como o nosso pai. Somos todos irmãos, porém mesmo sendo criados pelo mesmo pai, assim como em qualquer família, existem as diferenças de uns para outros. Uns aprendem mais fácil, não têm dificuldade de escutar e apreender os conhecimentos ditados pelo pai. Outros necessitam de maior atenção, mais paciência e dedicação para melhor compreender as coisas. Ainda outros, possuem tendências negativas e se voltam para o mal. Já alguns outros são bons e caridosos. Numa família tão distinta, poderia esse pai deixar que os filhos agissem de acordo com suas tendências e deixariam suas escolhas a cargo do seu livre-arbítrio ou instruiria seus filhos sobre o que é certo e o que é errado e que, apesar da escolha ser sempre individual, há sempre consequências nos nossos atos? Não deveria o pai, instruir, orientar, explicar e, se necessário, punir seus filhos quando estes agirem de maneira egoísta ou a ponto de prejudicar seus irmãos? Se os que tendem para o mal, agirem por suas próprias consciências, não estaria o pai pondo em risco aqueles que são inocentes e indefesos? Faz parte da educação familiar ensinar que se um irmão possui direitos, o outro também os possui e um pai que se prese, jamais se posiciona em favor de um em detrimento do outro. Ele ama e quer que todos sejam bons e vivam em harmonia.
Assim, o Estado deveria agir. O anarquismo não deu certo, porque uma sociedade não vive sem regras, sem ética, sem direcionamento, sem orientação. Se uns já possuem o discernimento para o certo, outros ainda se encontram em atraso, outros ainda precisam ser orientados; aprender com os seus erros, com seus limites, a respeitar o próximo. Se vivemos todos em sociedade, o Estado deve representar a todos, os bons e maus, os independentes e os indefesos, com todas as suas diferenças, direcionando-os para o bem estar geral. Dessa forma, explicito meu argumento social, ético e político, porque a adoção de uma política liberal que deixa a cargo de cada um decidir sobre a vida, gera impactos sociais, principalmente naqueles que mais necessitam de orientação, de apoio, de compreensão e acompanhamento, como essas mães que carregarão seus filhos no ventre por um breve tempo. Ao invés de oferecer o apoio que elas precisam, o Estado dá ouvidos ao desespero e à dor e oferecem a opção de encerrar o sofrimento. Se alguém próximo a você estivesse prestes a cometer um suicídio, será que apresentaria a ele a opção de cometer o suicídio ou, do contrário, faria o possível para apoiá-lo em meio ao seu sofrimento e ofereceria melhores opções? Como fazer, no futuro próximo, que essas mães aprendam a respeitar a vida? Fazer com que aprendam que há mais ignorância do que respostas para os acontecimentos da vida? Se tudo fosse movido ao acaso e para o acaso se destinasse, não haveria necessidade de nos organizarmos socialmente, de nos amarmos e nos respeitarmos, já que para o NADA nos destinaríamos. Então como afastar a relevância de que uma força maior nos move e nos conduz para o caminho do desenvolvimento? Do respeito e amor ao próximo? Da valorização da vida, seja ela como for? Uma flor não está presente todos os dias do ano, ela tem o seu tempo certo de viver. Vive pouco, o suficiente para nos encantar e o bastante para aquilo que ela precisa, mas por egoísmo, retiramo-as do seu meio, arrancando-a à força do que a mantém viva e ela não vive mais que algumas horas. Será que por sabermos que ela não possui inteligência nem forma de se manter independente e, muito menos que viverá tão pouco tempo, deveríamos antecipar sempre a sua vida? Deveríamos retirá-la do meio que a mantém viva?
Não há atitudes sem consequências e, acredito que nem todos estejam fazendo a distinção das reações futuras desta decisão tomada agora.
Faço aqui, a minha humilde prece:
Senhor, desejo que mesmo diante daqueles que se afastam da religião e se negam a admitir a existência da inteligência suprema, que ela se faça presente em todos os corações, nos dando a força necessária para suportar as nossas provas, a humildade de amar o próximo e a vida, acalentando os corações aflitos e aquecendo a frieza dos que nada temem. Que o bom-senso esteja sempre presente no nosso livre-arbítrio.
Mulheres, somos seres privilegiados por carregarmos a vida dentro de nós. Não nos esqueçamos a responsabilidade que o Pai nos confiou de amar incondicionalmente o ser que carregamos, acima do nosso próprio bem-estar. Não existe fardo tão pesado que não possamos carregar. Que a misericórdia se faça sempre presente e possamos ser perdoadas por atitudes induzidas pela ausência de orientação. E que, não nos esqueçamos da voz da consciência que sempre nos instrui para o caminho certo, nos livrando do desespero e da fraqueza de nossas falhas.

Assim seja!

sexta-feira, 23 de março de 2012

No silêncio da prece




Como é bom saber que, mesmo enraizados (ainda) com tanta maldade, o Senhor enxerga o nosso melhor e se faz presente em nossas boas atitudes. Que me perdoem os céticos, mas é inegável que sublime força nos acorda e nos movimenta todos os dias, mesmo que não demos crédito à sua existência, ela permanece em nossos corações.Quantas mãos invisíveis, nos guardam e nos protegem das maledicências e todo negativismo que nos cercam e nem nos damos conta, porque não sintonizamos com suas harmoniosas e bondosas presenças. Quantos conselhos amigos deixamos de ouvir ao dar abertura aos maus pensamentos e fluidos negativos. Ainda assim, uma fonte superior de amor e vida, se faz presente, como um pai incansável que não desiste do seu filho problemático. Não deveríamos nos orgulhar de sermos portadores de tamanho poder? Se numa pequena boa ação, Deus se faz presente nos utilizando como instrumentos, quanta honra em abrigá-Lo mesmo não nos considerando merecedores.
Não somos merecedores do Seu perdão, porque deveríamos perdoar para ser perdoado, mas Ele nos perdoa, antes mesmo de nos perdoarmos.
Sabemos que se fizermos o bem, se não dermos ouvidos às calúnias, se guardarmos nossa língua para não difamar o próximo, seremos reflexos de Sua presença e por que não fazemos?

Fica aqui uma prece a ser lida em todas as manhãs:

Senhor,
No silêncio desta prece
Venho pedir-te a paz, a sabedoria, a força
Quero sempre olhar o mundo com os olhos cheios de amor
Quero ser paciente, compreensivo, prudente
Quero ver além das aparências:
Teus filhos, como tu mesmo os vê
E assim, Senhor, ver somente o bem em cada um deles
Fecha meus ouvidos a todas as calúnias
Guarda a minha língua a todas as maldades
Para que só de bençãos, se encha minha alma
Que eu seja tão bom e tão alegre
Que todos aqueles que se aproximarem de mim, sintam tua presença
Reveste-me da tua beleza, Senhor,
E que, no decurso deste dia, eu te revele a todos.
Assim seja!

quinta-feira, 8 de março de 2012

Dia Internacional da Mulher




Todos os dias somos agraciados com as concessões de nosso Pai de infinita sabedoria. No entanto, poucas sãos as ocasiões que nos prostramos, reconhecidamente, para as benfeitorias que nos são concedidas. Quantas vezes, reconheci com humildade, a graça de ter nascido mulher? Acredito que, nenhuma. Cada gênero tem suas devidas características, suas belezas e suas importâncias. Mas, dedico estas palavras ao espírito feminino.
Somos dotadas de força e sensibilidade.
A força para aguentar com resignação os percalços da vida. Para ser a firmeza de um lar, em que todos que ali habitam, encontrem no espírito feminino o conforto e a paz necessária.
A sensibilidade de ter uma palavra acolhedora de mãe, de carinho de avó, de compreensão de irmã, de reconhecimento de filha, de amor de esposa. São tantos papéis assumidos durante o dia e, em cada um deles, a mulher demonstra sua grandeza e sua importância para o mundo.
Este ser que, sabiamente, foi escolhido para levar o título de "mãe". Desde o instante que sabe que carrega no ventre o seu filho, já pode ser chamada de mãe, porque ali já divide o seu organismo com outro ser, já compartilha suas energias, seus carinhos; já cria laços de dependências, envolvendo o filho numa atmosfera de amor e proteção de maneira a fazê-lo reconhecê-la, intuitivamente, como porto seguro, ao nascer. Como não reconhecer o privilégio de ter nascido mulher, se a cada papel assumido, reconheço a responsabilidade que me foi confiada? Se Deus me confiou o envoltório feminino para abrigar a minha alma, é porque sabe que tenho força suficiente para assumir os papéis que a vida me dará. E eu agradeço a confiança.
Agradeço a feminilidade, a sensibilidade de chorar vendo novelas, os ouvidos sempre dispostos a ouvir, a resignação, o espírito observador, a calma (mesmo que não seja a todo tempo), entre tantas outras características femininas.
Parabenizo às outras mulheres dotadas dessas características e que assumem todos esses papéis com tanta facilidade na sua rotina. Parabéns, vovó Germana. Parabéns, mainha. Parabéns, Adriana.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Estudando para concurso...


Cinco horas da manhã, acordo e percebo "tá amanhecendo, vou ter que acordar de 8h para estudar e só faltam 3h, vou aproveitar para dormir enquanto posso". Que inocência a minha, se minha consciência me acordou às 5h, ela não me deixará dormir tranquilamente as próximas 3h, o que de fato acontece, e passo a me acordar de instante em instante até dar 8h. (e acordo com sono, apesar de não conseguir dormir). Beleza, daqui que eu tome café e dê uma olhadinha na internet, começo a estudar umas 9h. Incrivelmente 1h passa em 10 minutos. Tenho que tomar café em frente ao computador para economizar tempo.
Então, 9h começo a estudar. Leio o primeiro parágrafo e penso "vou trazer um pouquinho d'água para não ter que ficar me levantando para ir à cozinha". Vou lá e pego a água. Me sento para estudar. Peraí, o que tava escrito mesmo naquele parágrafo? Leio mais uma vez e penso "droga, esqueci de pegar os óculos...ficou na bolsa que saí ontem". Me levanto e vou pegar os óculos na bolsa. Vou fechar a porta para não escutar os barulhos de fora e dificultar minhas saídas. Mas o que era mesmo que estava escrito naquele primeiro parágrafo? Penso "Sara, se concentre! Mais de 4 mil o salário". Faço uma prece e peço ajuda a Deus para conseguir me concentrar. Finalmente saio do primeiro parágrafo.
Facilitaria muito a minha vida se eu aprendesse a estudar sem escrever, mas não consigo. Tenho que fazer resumos, embora, quase nunca consiga lê-los ao fim dos estudos. Estou então lá, concentrada, quando percebo que estou começando a escrever uma linha bem troncha. Droga, odeio resumos com a linha troncha...Parece que o conteúdo fica mais fixo na mente se o resumo tiver organizadinho. Pronto, já perdi minha concentração, porque além de estar escrevendo as linhas tronchas, minha letra está ficando muito achatada e o resumo que eu escrevi ontem não estava assim. Deve ser essa caneta. Oxe!!! A ponta fina parece que está ficando grossa...tenho quase a absoluta certeza que essa caneta tinha a ponta mais fininha. É isso que está afetando a beleza do meu resumo. Penso "Sara, minha filha, você quer passar ou não? Enquanto escreve vai ficar pensando nessas besteiras ou no conteúdo? Se concentre", então volto a me concentrar e estudo mais um bocadinho.

Menino, que susto, a minha almofada de smile pareceu um cookie gigante quando, meio no canto do olho, avistei-a em cima da cama. Essa foi o cúmulo da falta de concentração. Percebo que já são 12h e é hora de parar para almoçar. Me dei um intervalo até às 14h. Mas assim como aconteceu pela manhã, não dá tempo de almoçar, olhar a internet e cochilar em 2h, porque tudo se passa em 15 minutos. Umas 14h30, depois de um banho, me sento para recomeçar os estudos. Não acredito! Esqueci a água de novo. Vou pegar a água e me sento para estudar. Com os óculos, recomeço a ler. Leio uma, duas, três vezes o mesmo parágrafo e não entendo naaada. Vou pegar o caderno para ver se tenho alguma anotação a respeito. Enquanto procuro, percebo um cachorro latindo ou um alarme tocando (o que em tambaú não é surpresa nenhuma acontecer). Reunidas as informações do caderno, apostilas de cursinho, constituição, material completo masss...falta a concentração. Penso "minha filha, você tá pensando que vai chegar em algum lugar assim? Enquanto você tá pensando besteira tem mais de 2.400 candidatos estudando". É suficiente para recuperar a minha concentração. Uma hora de estudo corre maravilhosamente, até que minhas costas começam a doer e eu olho para o relógio: 15h, hora de lanchar. Vou na cozinha, pego uma barrinha, aproveito para ir ao banheiro. Olho para minha caminha linda, confortável, aconchegante e ela me fala docemente "vem dormir! Só um cochilinho de 10 minutos não vai fazer mal". Sai para lá, tentação! Recomecei os estudos resistindo a todas as tentações atééé...uma dúvida surgir. Ligo para Lorena "Lóóó, não tô entendendo isso..." "Lóóó, tô errando os exercícios e não estou acertando 90%". A bichinha! Quase sempre me responde, para meu alívio, mas infelizmente, às vezes, a deixo com as mesmas dúvidas. Nessa historinha, chega a tão sonhada 18h e um estudo de um dia acaba. Vou riscar agora o tópico do edital que estudei. Qual não é a minha surpresa ao descobrir que os estudos de um dia inteiro renderam uma palavrinha do edital. ¬¬
Beleza, amanhã eu vou ver se acordo mais cedo e consigo estudar umas 8h por dia.

Boa noite!