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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Há 20 anos



Em 1991 eu iniciava minha busca por conhecimentos. Era o primeiro ano, dos catorze que eu passaria estudando no mesmo colégio (Lourdinas). Aliás, 20 anos ininterruptos de estudos já se passam. Vejam só que bonitinha a surpresa, de ter encontrado minhas tarefinhas da época guardadas pela minha mãe. O Jardim I e II ( 1991 - 1992) retratados por pinturas e pelas primeiras noções de escrita e contagem.
Como é interessante o método utilizado para iniciar, ao mesmo tempo, incentivar aquilo que para o resto da vida você vai buscar: o conhecimento.
E como eu pintava direitinho! Tive que fazer uma atividade de reforço de coordenação motora, mas ao que tudo indica, surtiu efeito pois passei a pintar os desenhos das minhas coleguinhas também.
É bem verdade que 20 anos atrás o "u" e o "n" tocavam terror. Não sabia fazer nenhum dos dois, mas por sorte o papel utilizado era de material grosso e eu não cheguei a rasgá-lo com tanto choro derramado e borracha usada para apagar os erros enquanto eu não acertava fazer.
O mais interessante foi descobrir que eu sempre desenhava nos "desenhos livres" uma casa com o número 13. Não consigo me lembrar se era o número da casa onde morávamos. E vale salientar que eu só fui aprender a contar até o 13 posteriormente.
Na tarefinha da letra "i", havia um desenho de um isqueiro, acho que devo ter me interessado bastante, pois passei a desenhá-lo nos meus "desenhos livres". Convenhamos, algo estranho para interessar uma criança de 4 para 5 anos. Acho que por isso passei a tirar "Bom" como nota, ao invés de "Ótimo" e "Excelente".
Outra coisa engraçada era que minha "tia" do Jardim II fazia o "a" com duas perninhas, uma na frente e outra atrás, mas eu ignorava a perninha da frente e só cobria a perninha de trás, assim como nas cópias nunca fazia com duas pernas.
Gostaria tanto de ter em minha memória mais momentos dessa época, mas pouco me lembro. Os fatos que marcaram esses 2 anos, foram:
- Um aniversário comemorado com bolo e lancheirinha;
- O quartinho escuro que passava filmes, mas que eu costumava dormir por lá. Me lembro de ter uma cama lá, mas não confirmo essa lembrança;
-Tio Marcelo que era o professor de educação física;
-Irmã Genoveva (mas que poderia ser muito bem caracterizada pela palavra: generosidade. Com certeza todos que passaram por ela tem a mesma opinião);
-A casa da bruxa, que era uma casa que dava para o muro do colégio e tinha umas flores cobrindo;
-A sala que a gente esperava os pais nos buscarem. Me lembro de uma menina que vomitou; e, o mais marcante de tudo
-A menina que caiu em cima da latinha que continha os lápis de cor apontados. Me lembro como se fosse hoje da poça de sangue que ficou na sala, por ela ter tido 3 lápis enfiados no queixo. Coisa mais traumatizante.

Me deu até uma saudade dessa época, das minhas "tias", das salinhas de aula e dos corredores com ursinhos pintados. Eu era feliz e não sabia. Tinha o mundo pela frente e nem me preocupava em saber como seria. Por que o tempo passa tão rápido?!

3 comentários:

alana m. disse...

Pois é Sara...a gente era realmente feliz e nao sabia. Tantos momentos bonitos, que a gente so se lembra em fragmentos. O tempo voa mesmo. Acredito que seremos felizes tb como adultos, mas aquela felicidade plena, sem nenhuma preucupacao e responsabilidade é unica da infancia. Engracado que a gente so tem capacidade de ver isso agora...

allanaelizabete disse...

"-A menina que caiu em cima da latinha que continha os lápis de cor apontados. Me lembro como se fosse hoje da poça de sangue que ficou na sala, por ela ter tido 3 lápis enfiados no queixo. Coisa mais traumatizante."

Fiquei mole só de imaginar a cena...Me lembrei de uma que aconteceu nessa mesma epoca no meu colegio: estávamos na hora do recreio e uma das minhas coleguinhas foi descer no escorrego e simplesmente sua coxa "enganchou" no parafuso do escorrego, lembro do corte profuuundoooo que ela teve, dava para ver a pele super separada! Fiquei traumatizada tb, odeio escorregos kkkkkkkkkkkkkkkk

Anônimo disse...

13 é o número do PT, nessa época aparecia o número em tudo que era canto nas campanhas de Lula. Teu pai tinha camisa, broche, boné, etc. Deve ter sido na época da campanha dele também. Acho que foi por isso que marcou tanto. Téo.