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domingo, 28 de agosto de 2011

Enquanto isso, em algum lugar do Brasil...

Essa semana recebi um e-mail contendo um vídeo de uma festinha de adolescentes da 7ª série, em algum lugar não identificado do Brasil. O cenário era de uma festa com adolescentes de no máximo 15 anos, consumindo bebidas alcoólicas, funk tocando, meninas dançando de forma insinuosa com os meninos e, pasmem, tudo isso com a supervisão de adultos. Quando eu me refiro a dança, entenda as meninas se esfregando e simulando posições sexuais.

Quando presencio algo dessa natureza a minha primeira reação é a de não querer ter filhos. Quem gostaria de descobrir que seu filho diz que vai participar de uma festinha com os amigos, quando na verdade está consumindo drogas e iniciando sua vida sexual precocemente? No entanto pensar que não quero ter filhos para que eles não virem adolescentes inconsequentes só me exime da responsabilidade de um dia ser capaz de educar e me torna uma covarde. Dizer que os pais não sabiam e que isso depende da índole do adolescente me parece uma desculpa de quem não quer enxergar as verdadeiras responsabilidades. Ainda nem tive filhos mas sei que pai e mãe são os responsáveis pelas falhas dos filhos e sua capacidade de discernimento. É claro que a gente sabe que numa casa com quatro filhos, cada um tem sua personalidade e ainda que tendo a mesma criação, nem todos se tornam pessoas corretas. Um ou outro pode cometer mais erros. Tudo bem, eu concordo. Mas assim como aprendemos a conviver com as diferenças dos indivíduos e seu diferente grau de evolução moral, temos o dever de identificar tais diferenças e adequar os métodos corretos para educar. Ser responsável por todos os erros cometidos pelos filhos, não; ser responsável por tê-los ensinado as diferenças entre o certo e o errado e as prováveis consequências dos seus atos, sim. Ter medo de ferir os sentimentos dos filhos ou que eles passem a odiar os pais, acabam por flexibilizar a educação e o resultado são pessoas irresponsáveis e sem medidas. Quantas anomalias poderiam ser evitadas se os filhos tivessem ouvido um não, se tivessem sido castigados quando erraram ou foram desobedientes? Se não há punição por um ato inadequado, como podem eles saberem a diferença entre o certo e errado, se a impunidade existe para ambas as atitudes? Me causa indignação que esses jovens ainda tão novos, não sejam adultos ainda, porém possuam idade suficiente para já saberem que toda ação tem uma reação e que as consequências negativas de um ato impensado prejudica não só eles mesmos, mas quem os cercam. Posso pecar pela língua (no caso, pelos dedos) no futuro, mas acredito que só em ter uma consciência sobre a importância do assunto já me deixa em vantagem daqueles futuros pais que sequer pensam na educação que darão aos seus filhos. Não sei de todas as coisas de uma relação entre pai e filho porque só vivi um lado, mas sei da educação que recebi e é nela que irei me inspirar.

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