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domingo, 22 de novembro de 2009

Matéria interessante sobre o coma

Hoje, incrivelmente, consegui me dedicar a um momento de cultura útil na internet e achei algumas reportagens interessantes que merecem ser comentadas.
Não sei se vocês tiveram a oportunidade de ver uma entrevista que saiu na Época neste sábado, ou se viu a matéria pelo site G1, sobre uma menina que vive em coma há 11 anos, após um acidente com o ralo da piscina. Caso não tenha visto, assistam o vídeo abaixo contando a história de Flavia.
Em síntese, refere-se a uma menina, hoje com 22 anos, que aos 10 anos de idade, ao tomar banho na piscina do seu condomínio, teve seus cabelos sugados pela bomba de sucção para limpeza, localizada no fundo da piscina. Ela manteve-se presa ao ralo por alguns minutos e por consequência sofreu um afogamento que provocou a morte de alguns neurônios, permanecendo em coma irreversível desde então.
Sei que apenas em citar esta história ela já toca de alguma forma. Já provoca ao menos um sentimento de piedade por esta família e um desconforto por uma tragédia abater uma família comum. Mas além do aspecto solidário que senti ao me deparar com a notícia, tanto por esta família ter sofrido essa tragédia, quanto pela luta da mãe por justiça, algo mais intrigante me motivou a este post: o fato dela ainda estar viva.
O que mantém uma pessoa viva por 11 anos em coma? Num estado em que pouco se sabe como o paciente está se sentindo. Onde ele está? Por que essa menina abre os olhos todos os dias e fecha-os à noite? Eu acho incrível esses mistérios da vida em que não se sabe o real sentido em manter-se viva dessa forma.
E cada vez me vejo pequena diante dessas situações e frustrada por não conseguir, ou não ter recursos suficientes que me expliquem, qual a essência de uma vida assim! Ao mesmo tempo que sinto um peso nas costas, por considerar minha responsabilidade muito maior que a dessa menina. Se ainda tenho pernas, braços e órgãos controlados pela minha mente cognitiva, preciso descobrir como melhor utilizá-los e não sei direito por onde começar.

Ê lê lê...minha cabeça viaja demais. Ao menos fica aqui um pouco da minha solidariedade e desejo de paz pra essa família.

Até já!


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