Páginas

domingo, 8 de junho de 2008

Reflexões de uma mente pouco perigosa

Agora o esquema vai ser esse, nem eu tenho tempo pra escrever freqüentemente aqui, nem vocês têm tempo para ficar comentando, resultado: poucos posts.
Desde o último post, vivi um mix de emoções. Quanto às questões e dúvidas especificadas no post anterior, algumas foram resolvidas, outras permanecem, no entanto, não vou me ater a nenhuma delas.
Tive momentos de reflexão profunda, principalmente, em decorrência de 3 assuntos importantes: amizade, morte e crença (no sentido amplo).
Tive uma pequena, quase inperceptível, decepção com a amizade, no entanto, são pequenas coisas que definem a consideração e importância que as pessoas têm em relação aos seus supostos amigos. Eu sou daquelas que não exigem presença física constante, nem horas de ligações por telefone, muito menos recadinhos de "txi dolu" no orkut ou qualquer outro lugar. Não exijo que me contem todos os segredos, que me chamem pra sair todos os finais de semana, nem que chore suas lamúrias no meu ombro. Sou uma daquelas pessoas, que exigem confiança e pequenas ações que signifiquem muito mais do que essas besteiras de "best". Como posso confiar em alguém que eu possa falar e somente ser escutada, mesmo que não queira ouvir nenhum conselho nem palavras de afago, se enquanto eu confio inteiramente só recebo meias verdades? É duro saber por outras pessoas histórias que seu amigo "esqueceu" de te contar.
Por conta disso, comecei a pensar incansavelmente em quantas pessoas tinham essas características que descrevi como essenciais, quantas sentiram minha falta quando não estive presente, quantas souberam de momentos difíceis, mesmo que não por minha boca e me deram palavras de conforto, quantas viram algo ou alguém que as fizeram lembrar de mim, quantas me disseram "você é importante pra mim". Não vou responder quantas conseguiram esses pré-requisitos, nem quantas eu descobri que não eram minhas amigas por não atingirem minhas exigências, na verdade, não quis nem concluir meu pensamento. Pra quê? Cada um age da sua maneira e de acordo com a sua consciência, meu sentimento não muda e, vai saber se eu preencho todos os pré-requisitos dos meus amigos.
Ainda no âmbito da consideração, lidei com a reação das pessoas pela ausência de um colega no plano terrestre. Como as pessoas lidam de forma diferente num assunto tão em comum a todos, como a morte. Quantos não se aproveitam desse momento pra dizer "eu conhecia". Conhecia nada, no máximo passou por ele e disse "com licença", ou "onde fica o banheiro?". Outros refletem sobre o que fizeram por ele enquanto este esteve no plano terrestre, digo logo, que ir ao velório não conta eim?! Dar abraço na mãe e na mulher, enquanto em convivío nada fez, não garante vaga no céu. Mostrar-se arrependido por não ter sido o que poderia ser enquanto pôde, já é um caminho e, quem disse que você ainda não pode fazer mais? Por essas e outras as pessoas julgam minha crença, mas o mundo fica tão mais injusto quando uma pessoa de 26 anos, casada, deixa duas filhas pra serem criadas apenas pela mãe. Por que tantas crianças no mundo tiveram direito a ter pai e mãe e essas duas só vão ter uma mãe? Por que Deus tão justo e bondoso deixa uma "injustiça" dessa ser cometida? Mais vale eu estar em instituições que preguem o cabresto e me impeçam de raciocinar o que me cerca, ou ser livre pra ter meu próprio discernimento das coisas da vida e, por que não, sobre o amor?
Todos sabem aquilo que os confortam e aquilo que os deixam mais felizes. Se há quem não saiba, caso solicite, talvez você possa aconselhá-lo, talvez você possa tentar orientá-lo, mas não impor. A sua verdade, não é a verdade absoluta, nem tampouco a minha verdade. Embora, nada me impede de tentar conhecê-la e, quem sabe, acrescentá-la à minha verdade.
Sem mais firulas, fica um post grande pra ser lido em pedaços, já que vou demorar a postar de novo.
Beijos

Nenhum comentário: