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sábado, 30 de agosto de 2008

Minha consciência complexa

Mais algumas reflexões sobre dois assuntos abordados ultimamente, que na verdade, remetem à uma única variável: a consciência.
Já mostrei em alguns posts anteriores a minha visão de mundo, mas quero promover uma reflexão, a quem quer que seja, ou a mim mesma que sou a visitante de maior freqüência daqui.
Há bilhões ou trilhões de anos, nem ao certo sei mensurar, a terra e o universo existem. Ele é tão imenso (o universo), que existem galáxias sequer conhecidas, com uma infinidade de planetas e, nós, meros mortais imperfeitos, habitamos uma molécula de átomo, que é a Terra. Temos uma vida, que dura em média 65 ou 70 anos e, ao que parece acreditar a maioria, uma única vida, equivalente a um nano segundo, ou qualquer que seja a menor escala referente ao tempo. Dentro dessa breve passagem, encontramos seres de diferentes espécies e diferentes formas de viver. Uns são perfeitos, uns andam, uns escutam, uns vêem, uns falam, enquanto outros não.
Guardemos essa discussão e levanto, portanto, outro ponto a ser discutido. Levando em consideração todos que acreditam na presença de um ser superior e uma força maior que move as nossas vidas, Deus.
Deus castiga? Deus o ser de infinita bondade, a quem recorremos na necessidade e, embora, não possamos vê-lo guardamos dentro de nós a certeza de sua existência, este mesmo Deus seria capaz de castigar alguém? De dar as costas? De se vingar? De ser amor pra um e rancor pra outro?
Por que então, na nossa brevíssima existência, deu a oportunidade de uns nascerem perfeitos e outros não? Que castigo aquele ser, deficiente, que não fala e não anda, merece por ter nascido? Por que alguém que fala e anda, de uma hora pra outra se vê em cima de uma cama, por um acidente, por exemplo? Que mal esta pessoa fez? Que merecimento é este? Por que uma mãe morre ao levar um tiro na cabeça ao sair da casa dos avós? Por que uma grávida morre ao ir numa lan house enviar e-mails convidando pro seu chá de bebê?
Será que ninguém pensa nessas coisas? Será que ninguém busca respostas pra isso? Simplesmente, limitam-se a um "porque Deus quis". Por que Deus quis isso? Por que ele quereria isso?
Será que nossas atitudes hoje, não refletirão em nenhum momento? O que eu faço de errado hoje que ninguém vê, passará por todos como se eu não tivesse feito? O inferno seria o meu destino a ser pago, pela eternidade e, se caso eu me arrependesse? Quem reconheceria isso em mim? O cão? Ele aceitaria que eu mudasse de endereço pro céu caso eu me mostrasse realmente arrependido?
Eu não entendo como certas coisas são limitadas na cabeça dos seres humanos. Porque é tão difícil crer que minha atitudes refletem em algo e, o que eu sou hoje, são reflexos do que eu fui um dia e aprendi a ser, com meus erros e acertos. Que direito eu tenho de negar a alguém que este possa aprender com seus erros também? Que direito eu tenho de impor limitações para que este livre-se dos seus encargos? Quem sou eu pra questionar os desígnios divinos se eu sequer entendo-os? Eu sequer tenho capacidade de compreensão para entender a magnitude das coisas e de sua significância?
Essa discussão reflete minha opinião sobre o aborto, eutanásia...e algumas outras reflexões sobre vícios e atitudes impensadas.
Não sejamos burros com cabrestos. Possamos enxergar as coisas que existem além da nossa capacidade intelectual, que mesmo não entendendo-as, possamos saber da sua existência.

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