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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Quem sou eu para falar em administração, mas...



Acho interessante como se tem escutado que o ouro do século é o conhecimento. Tenho visto em vários lugares, escrito por diversos autores, que a informação detém papel importantíssimo dentro de uma organização, chegando a assumir o topo das prioridades, num tempo em que os valores intangíveis superam em muito os valores dos ativos financeiros.
Mas quando se fala em conhecimento não se trata apenas da tecnologia da informação utilizada ou das proporções que essas assumem nos dias de hoje, trata-se, principalmente, da valorização dos que a detêm. Afinal, não se cria conhecimento sem a participação das pessoas, sem a busca da criatividade e do desenvolvimento das ideias, sendo essas capacidades exclusivas dos seres humanos.
No entanto, me pergunto: por que após mais de 200 anos da aparição dos primeiros modelos de produção e gestão, ainda predomina a adoção das mesmas práticas inspiradas em modelos americanos e japoneses de dois séculos atrás? Não teriam estes acompanhado a evolução do conhecimento e, principalmente, do capital intelectual?
Acho uma contradição gigantesca ainda encontrar grandes empresas detentoras de maior parcela do mercado que ainda utilizam práticas de cabresto e preocupação primordial com os recursos materiais, deixando em segundo plano seus colaboradores. Ora, estabilidade na economia nos dias de hoje, após tantas crises do nosso sistema econômico, é praticamente impossível. A única vantagem competitiva, de fato, que uma organização pode possuir de maneira duradoura é o conhecimento. E por que não se valoriza o nosso conhecimento? Por que ainda é tão difícil reconhecer as qualidades das pessoas e darem espaço para que elas opinem e se desenvolvam ainda mais dentro do seu próprio ambiente organizacional?
Dizer que há mais práticas participativas e adoção de educação corporativa dentro das organizações não exprime completamente o significado de uma valorização do indivíduo e de sua capacidade intelectual. Se assim o fosse, não teríamos esse atraso de 200 anos.
Pode ser que eu não entenda muito da realidade das organizações, afinal, estou desempregada. Não sei o quanto disso é revolta minha com o descaso que vejo com os indivíduos qualificados que não tem oportunidades no mercado, ou que quando têm, são tratados como meros executores de vontades. Mas acho que essas crises que vêm acontecendo tem dado um sinal importante para as economias mundiais e seus sistemas adotados. Enquanto deveríamos ver projeções do que virá a ser no futuro, ainda estamos presos no passado, sem aproveitar aquilo que a nossa própria realidade atual nos proporciona.

Um comentário:

alana m. disse...

ei lembrei de tu hj. tive uma aula de organizacao e tb estudamos os modelos de antigamente. kkkkk
estranho mesmo ne... mas deve ser que ninguem desenvolveu um melhor ate hoje :/

:***